Marcos Leonardo criou compromisso para si mesmo: vencer o Fortaleza
O caso de indisciplina de Marcos Leonardo e Jean Lucas, relatado inicialmente por Fábio Sormani, e confirmado pela reportagem do Uol, com Gabriela Brino e Lucas Musetti, tem poucos similares na história do futebol brasileiro. Talvez a crise entre Marcelinho e Vanderlei Luxemburgo, antes da final da Copa do Brasil de 2001, entre Corinthians e Grêmio. Ou o afastamento de Renato Gaúcho, do Botafogo, depois do primeiro jogo das finais do Brasileirão de 1992, contra o Flamengo."
Os dois episódios levaram a derrotas em partidas decisivas. O Corinthians e o Botafogo foram vice-campeões. A diferença do Santos é uma decisão na parte baixa da tabela, contra o rebaixamento.
Marcos Leonardo não tinha o direito de bagunçar o vestiário do Santos às vésperas. O depoimento de Jean Lucas também é curioso: "Não admitirei insinuações com caráter difamatório que sugiram uma conduta que venha a ferir a postura profissional que sempre tive em minha carreira e regrada que sempre tive em minha vida pessoal, amparado por minha religiosidade e minha fé."
A questão não é a religiosidade, até porque consta que havia vinho na Santa Ceia. Jean Lucas está querendo dizer que não estava embriagado? Não é isso que está escrito.
O episódio criou evidente mal estar. Marcos Leonardo não perdeu a posição contra o Athletico Paranaense por causa do atraso e da suposta embriaguez. Ao contrário, atrasou-se e irritou-se por ter perdido a posição. Marcelo Fernandes ainda não definiu se o centroavante, artilheiro do time no Brasileirão e na temporada, será titular ou reserva contra o Fortaleza.
No banco ou em campo, Marcos Leonardo criou um único compromisso para si mesmo: vencer o Fortaleza.
O Santos nunca foi rebaixado. Se cair, o episódio ficará para sempre nos livros de história do futebol brasileiro.
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