Fifa tem política cachorro que late não morde. Mas é bom ter atenção
A maior punição já aplicada pela Fifa a uma federação nacional foi suspender o México e tirá-lo da Copa do Mundo de 1990, por escalar jogadores acima do limite de idade, no Campeonato Sub 20 da Concacaf, em 1988.
O Brasil é a única seleção com campeões mundiais de torneios limitados por idade e que tem dois vencedores com documentação adulterada. Anailson foi campeão mundial sub 17 e Carlos Alberto campeão mundial sub 20. Ambos eram gatos, mais velhos do que diziam ser.
A Fifa nunca esboçou punir o Brasil como fez com o México.
A Nigéria chegou a ter suspensão anunciada pela imprensa internacional em junho de 2014. Em outubro do mesmo ano, a Fifa disse dar última chance aos nigerianos, que não ficaram de fora nem da Copa da África de 2015, nem 2017 e disputaram normalmente eliminatórias e Copa de 2018.
Isto não significa que o Brasil não deva estar atento. Mas, ao aceitar a ameaça da Fifa, a CBF descumprirá uma sentença de um tribunal brasileiro. Ainda que desacreditado por seu histórico, um tribunal deve ter suas determinações cumpridas.
Então, há um típico caso de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. A Fifa não tem como ultrapassar os limites do Judiciário. Mas pode desfiliar a CBF.
Vale lembrar que a ameaça da Fifa já foi feita e, depois dela, ninguém agendou a data da eleição para antes de 8 de janeiro. A mais provável ação da Fifa é repetir o que fez na Argentina e ter um interventor na CBF até o novo presidente ser conhecido.
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