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O prêmio da Fifa tem problemas. Mas quem votou em Messi não foi a Fifa

Que o prêmio The Best tem problemas, todo mundo sabe e há anos se diz isto aqui, sobre o corpo de jurados e o direito de votar em amigos, em vez de escolher com justiça. O exemplo está na edição 2024, em que o técnico da Argentina, Lionel Scaloni, votou em Messi, o da Noruega, Stale Solbakken, elegeu Haaland, e o da França, Didier Deschamps preferiu Mbappé.

Entre os capitães, o cinismo foi menor. O norueguês Odegaard votou em Haaland, Mbappé, capitão da França, escolheu Messi e Messi elegeu Haaland.

Veja você... Messi não votava em Cristiano, nem Cristiano Ronaldo em Messi, mas Lionel teve a hombridade de eleger Haaland.

O argentino realmente não achava que fosse vencer, a ponto de, pela primeira vez, ser finalista e não comparecer à festa da Fifa.

Nunca a premiação havia terminado empatada e o critério de desempate foi ter mais votos de capitães. Messi recebeu 13, Haaland 11, um deles do capitão da Argentina.

Daí ser absolutamente injustificável a polêmica sobre Messi. Haaland e Mbappé são o futuro, mas ainda não convenceram o corpo de jurados, formado por técnicos e capitães de seleções nacionais, de que são melhores do que Messi.

Por isso, o argentino ganhou seu oitavo prêmio.

Porque recebeu votos de gente importante, como Mbappé, do técnico da Itália, Luciano Spaletti, do Uruguai, Marcelo Bielsa, do Brasil, Fernando Diniz, do capitão da Bélgica, Lukaku, da Holanda, Van Dijk, da Itália, o goleiro Donnarumma. Ah.. sim... Bielsa é argentino e Donnarumma jogou com Lionel no Paris Saint Germain. Mas Bielsa jamais votaria em Messi por patriotada e a lista segue com o capitão da Polônia, Lewandowski.

Messi não merece ganhar seu oitavo prêmio com negação à sua Majestade. Ele não jogou mais do que Haaland em 2023, mas o norueguês simplesmente não conseguiu, ainda, ser visto como o melhor do planeta por eleitores suficientes para ganhar o prêmio.

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Democracia não é só quando as pessoas concordam. É sobretudo quando divergem em paz.

Messi votou em Haaland e Mbappé, em Messi. O prêmio tinha muito mais evidência de distorções, quando Messi não votava em Cristiano e Cristiano não votava em Messi.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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