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Guerra Palmeiras e WTorre transforma relação ganha-ganha em perde-perde

A Soccergrass admitiu no início da tarde de domingo (28), que as altas temperaturas de São Paulo causaram dano no termoplástico colocado na composição do gramado sintético do Allianz Parque. A partir da admissão de sua responsabilidade, e com conhecimento de que há garantia de oito anos no produto, não há motivo para guerra entre Palmeiras e a Real Arena, braço da WTorre que administra o estádio.

É simples. Troca-se o gramado e decide-se quem paga.

O que acontece, neste momento, é um capítulo a mais na guerra que já virou até caso de polícia. A W. Torre deve perto de R$ 150 milhões ao Palmeiras pelo repasse das cotas de espetáculos musicais.

A empresa detentora do direito de superfície aguarda a definição desse valor na arbitragem. O que é para ser uma relação ganha-ganha, neste momento é perde-perde.

Ou seja, o Brasil olha para o Palmeiras como responsável por um gramado que arrisca seus jogadores e de adversários. A Soccergrass tem sua imagem comprometida, por ter sido ela a colocar a grama sintética. A Real Arenas é vista como responsável por fazer a manutenção. Mas a própria Soccergrass informa em nota oficial: "está preparada para começar imediatamente a revisão no gramado."

Isto posto, o único depoimento de bom senso no domingo à noite foi do técnico Abel Ferreira. Ele deixou claro que o gramado sintético é bom, mas está péssimo. Que precisa ser trocado imediatamente e que o Palmeiras precisa jogar na sua casa o mais rapidamente possível.

Dito assim, não importa quem paga a conta. Também pode haver troca de grama na Academia, o centro de treinamento palmeirense.
O ideal é que o Brasil tenha gramados bons e naturais. Entre um bom sintético e um mau natural, melhor o bom. No momento, há gramados ruins, tanto naturais, quanto sintéticos.

A sociedade entre Palmeiras e WTorre nasceu para ser ganha-ganha, ou seja, uma relação em que as duas partes têm vantagens. A guerra torna tudo um enorme perde-perde.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Ao contrário do publicado, a WTorre deve cerca de R$ 150 milhões, e não R$ 150 mil, ao Palmeiras. A informação é corrigida.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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