Itaquera vira Morumbis! São Paulo vence, porque é time e Corinthians, não!

Matías Rojas marcava a subida de Pablo Maia. Até houve finalizações do Corinthians, uma de Yuri Alberto, na trave, um cabeceio de Raniele, no primeiro tempo. Passou perto!

Mas o São Paulo deitou. Jogou em Itaquera, como se estivesse no Morumbis.

Pela primeira vez, nesta sua terceira passagem pelo Parque São Jorge, Mano Menezes sofreu três derrotas seguidas. Caiu contra o Ituano, o São Bernardo e o São Paulo. Na primeira vez em que dirigiu o Corinthians, só sofreu três revezes em uma oportunidade, já na reta de chegada do Brasileirão 2009, contra Avaí, Náutico e Flamengo.

Na segunda, em 2014, levou quatro consecutivas, incluindo uma goleada por 5 x 1 para o Santos, na Vila Belmiro. Era remontagem da equipe.

Hoje, nem isso.

A maior responsabilidade pela crise do Corinthians, que se aprofunda, é da diretoria, que prometeu onze a catorze reforços e só apresentou quatro contratações — contratados que não reforçam.

Mano Menezes esperou por Garro que, pelo quarto jogo seguido, não pôde estrear.

Do outro lado, o São Paulo colhe o que plantou, com a formação paciente de um time que fica a cada semana mais forte.

Thiago Carpini promete um time competitivo e o Tricolor, internamente, acredita ter chance de ganhar do Palmeiras, no domingo. Também crê na chance de brigar pela Libertadores, silenciosamente, como o Fluminense fez ano passado.

Ainda conseguiu colocar sufoco nos minutos finais, depois do gol de Arthur Souza. Gol de centroavante, do menino campeão da Copa São Paulo. Incendiou a Neo Química Arena, deu susto na torcida do São Paulo. Eram cinco garotos em campo, três da Copinha.

A cara da partida foi outra, com a equipe de Carpini muito melhor.

Por que era tão difícil para o São Paulo ganhar em Itaquera? Ora, porque o Corinthians foi melhor na maior parte destes últimos dez anos.

Agora parece muito mais duro para o Corinthians jogar em alto nível contra o rival da zona sul paulistana.

O São Paulo, finalmente, quebrou o tabu.