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OpiniãoEsporte

Por que é mais difícil para o São Paulo jogar em Itaquera?

O pesquisão UOL mostrou que a maior parte dos jogadores do Brasileirão julga a Neo Química Arena o lugar mais difícil para se jogar.

Para o São Paulo, é assim mesmo.

Para Flamengo e Palmeiras, não.

Os rubro-negros ganharam cinco de suas 14 visitas. O Palmeiras, seis de 18.

Jogar bem em um lugar e ser freguês em outro permite mil teorias.

O formato do estádio, o tipo de grama, a rivalidade.

Mas, uma única circunstância explica por que tem sido tão difícil para o São Paulo jogar em Itaquera: o Corinthians teve times melhores do que o Tricolor nos últimos dez anos.

O imponderável também faz aparecer longos tabus, por vezes inexplicáveis.

Por que o Palmeiras sofre tanto para ganhar no Beira-Rio? Por que o Vasco passou décadas com dificuldade contra o Fluminense? E por que, depois, a história se inverteu?

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Há outras situações em que é tão curioso quanto óbvio.

O Palmeiras não venceu o São Paulo no Morumbi entre 2002 e 2018. Quantos destes 24 clássicos tiveram os palmeirenses com times superiores? Em 2008, quando perdeu a semifinal na casa são-paulina e venceu no Parque Antarctica, talvez...

Em 2009, era líder do Brasileirão e empatou por 0 x 0... Em 2016, foi campeão e perdeu no Morumbi por 1 x 0, no início da campanha.

Das 22 partidas em onze anos de tabu do Santos, de Pelé, contra o Corinthians, em quantas os corintianos tiveram times capazes de ganhar? No mesmo período, o Palmeiras venceu dez de 38 partidas e o São Paulo sete de 31.

Ora, Santos era melhor do que todos e perdeu mais para o Palmeiras, porque na década de 1960 era o rival mais forte.

A falta de qualidade se junta à pressão psicológica, quando se inicia uma sequência ruim.

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Eis o dado para o São Paulo. No início da história de Itaquera, o Corinthians tinha equipes superiores.

Agora, ao final destes últimos dez anos, o Tricolor está melhor, mas tem de vencer a pressão do passado.

Não é verdade que o São Paulo nunca esteve tão perto de encerrar o tabu quanto hoje.

Pertinho mesmo esteve no 1 x 1 de 2022, quando Ádson só empatou para o Corinthians aos 34 do segundo tempo.

Mas é real a teoria de que, raras vezes nestes dez anos, uma equipe tricolor foi tão superior ao Corinthians antes de um clássico, como parece ser nesta terça-feira.

O clássico terá corintianos defendendo o mantra de Mano Menezes: "Antes de começar a vencer, é necessário parar de perder."

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Para o São Paulo, a hora é de aproveitar a crise rival. E ganhar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

5 comentários

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Antonio Carlos Francisco Junior

faltou citar os INUMEROS assaltos que o SP sofreu lá dentro

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Gaetecnica

Êsse tabu já teria sido quebrado há algum tempo, se não fossem erros grotescos e propositais de árbitros caseiros. A pressão lá é muito grande em cima dêles, e alguns pipocam mesmo.

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Joao Gilberto Candido

O problema é que o São Paulo está de técnico novo e em mutação, se o Dorival Júnior ainda estivesse no time, talvez esse favoritismo absoluto seria justificado...

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