CBF causou fiasco olímpico com erros dos amistosos à liberação de jogadores
A seleção brasileira não se preparou para o Pré-Olímpico.
O diagnóstico e a culpa da CBF se tornam óbvios ao analisar as preparações para os Jogos de 2021, em Tóquio, e para a eliminação contra a Argentina, no domingo passado.
Antes do Pré-Olímpico de 2020, houve onze jogos preparatórios, do Torneio de Toulon aos amistosos programados em território nacional.
Para o fiasco na Venezuela, só um jogo amistoso e a disputa dos Jogos Pan-Americanos. Dos 18 jogadores inscirtos e medalhistas de ouro no Pan, oito não estavam no Pré-Olímpico.
Mais do que isto, só um amistoso, em setembro, no Marrocos, na semana em que uma, das duas partidas agendadas, foi adiada por terremoto na região central do país.
O Brasil perdeu do Marrocos no dia 7 de setembro, em Fès, véspera do tremor. Naquele dia, a seleção de Ramon Menezes jogou com: Matheus Cunha, Arthur (Bitello), Robert Renan, Kaiky e Abner Vinicius (Wellington); Andrey Santos (Marcos Leonardo), Marlon Gomes (Moscardo), Lázaro (Vinicius Tobias) e Paulinho (João Pedro); Igor Paixão (Maurício) e Vítor Roque (Alexsander).
Dos 19 atletas que entraram em campo, apenas quatro foram ao Pré-Olímpico.
A preparação para os Jogos de Tóquio teve, ao todo, 23 jogos, até a medalha, onze partidas até o Pré-Olímpico.
Na soma de amistoso e Jogos Pan-Americanos, a seleção de 2024 jogou seis vezes e 23 dos atletas envolvidos nos jogos não participaram da campanha fracassada na Venezuela.
O fracasso da programação de jogos preparatórios e na liberação de jogadores tem tudo a ver com a centralização do presidente Ednaldo Rodrigues. Embora ainda seja coordenador de seleções, o lateral campeão mundial, Branco, não teve autonomia para viajar e negociar liberações de jogadores, tanto os que atuam no Brasil, quanto na Europa.
O resultado foi o Palmeiras vetar Endrick, que só jogou por exigência contratual do Real Madrid, e o Barcelona não liberar Vítor Roque.
De quem participou do início de preparação, faltaram Kaiky, zagueiro do Almeria, Robert Renan, do Internacional, Patrick Lanza, do São Paulo, Andrew, goleiro do Gil Vicente, Danilo, do Nottingham Forest, Luan Cândido, do Red Bull Bragantino, Vinicius Tobias, do Real Madrid, não liberados explicitamente.
Há mais: Arthur, do Bayer Leverkusen, Marcos Leonardo, do Benfica, Wellington, do São Paulo, Lázaro, hoje no Palmeiras, participaram do início de preparo e não estavam na seleção do fiasco.
A CBF é o grande problema da seleção, neste momento.
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