Dorival Júnior evidencia Brasil que se renova em campo e não muda fora dele
Dorival Júnior convocou bem e, convenhamos, o problema do Brasil não é falta de jogador.
A renovação teve cinco nomes: o goleiro Rafael, os zagueiros Beraldo e Murilo, volante Pablo Maia, o atacante Savinho.
Três estreantes na defesa, um no meio de campo, outro no ataque.
O novo técnico admite a dificuldade para se adaptar à nova função. Vai ser mais fácil se trabalhar todos os dias, mesmo que assistindo aos jogos, em vez de dar treinos. Ver tudo o que acontece fora do Brasil ajudará a compreender mais rapidamente as exigências do jogo contra europeus, grande deficiência brasileira depois do pentacampeonato.
Prometeu observar os que atuam dentro do país e cumpriu. São sete os que atuam aqui, quatro dos cinco estreantes, menos Savinho, mais André e Endrik.
A seleção finalmente jogará dois amistosos importantes, testes difíceis, contra Espanha e Inglaterra.
O problema, para variar, é tirar jogadores em fases decisivas de campeonatos do Brasil. Ah, mas são só os estaduais, que a imprensa (nós) dizemos há décadas que não valem nada.
Mas é ruim jogar semifinal de estadual desfalcado.
O Flamengo sem Ayrton Lucas, o Palmeiras sem Endrick e Murilo, o São Paulo sem Pablo Maia e Rafael, o Fluminense, sem André, o Athletico Paranaense sem Bento.
Tudo na vida tem ônus e bônus, menos a Data Fifa, resolvida há 30 anos na Europa.
De todo jeito, a seleção brasileira ainda é a imagem intercontinental do Brasil e é preciso salvar a imagem do pior ano em 50 anos.
Em 2023, o Brasil só ganhou da Guiné, Bolívia e Peru.
Dorival Júnior tem o voto de confiança de quem convoca pela primeira vez.
A culpa dos desfalques não é dele. É de Ednaldo Rodrigues.
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