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Léo Ortiz vai para o Flamengo como zagueiro mais caro da história

O Bragantino decidiu liberar Léo Ortiz dos jogos contra o Botafogo depois de longas conversas e da noção de que, com a venda concluída, o medo de lesão estaria muito presente na cabeça do jogador. Na manhã de sexta-feira, o clima no vestiário, no Braga, já era de despedida. A Red Bull resistiu o quanto conseguiu. Desde novembro, o acordo com Ortiz era que, se o Flamengo chegasse ao valor desejado pela companhia, a negociação seria sacramentada. Caso contrário, não.

O Flamengo demorou, mas chegou a 8,5 milhões de euros, em duas parcelas, por 75% do contrato. Ortiz abre mão dos 25% a que tinha direito. Assim, o rubro-negro pagará R$ 45,7 milhões pela cotação atual, pelo zagueiro mais caro da história do Brasil.

Será também a 11a compra mais cara do futebol brasileiro em todos os tempos. Dos onze maiores negócios, o Flamengo realizou oito, todos na gestão Rodolfo Landim: Gérson (2o), Pedro (3o), De Arrascaeta (4o), Gabriel (5o), De la Cruz (6o), Éverton Cebolinha (7o), Gérson vindo da Roma em 2019 (10o) e Léo Ortiz (11o). A lista é completada por Luiz Henrique, do Botafogo (1o), Tévez, para o Corinthians (8o) e Flaco López para o Palmeiras (9o).

Tite sempre desejou a contratação de Léo Ortiz. O diferencial é sua capacidade de enxergar passes que furam linhas defensivas e aprofundam o jogo. Mais ou menos o que Marquinhos fez para Tite na seleção brasileira e faz pelo Paris Saint-Germain. A avaliação é de que não existe outro jogador de defesa com esta característica e muito poucos no mundo. Um exemplo, embora diferente, era Upamecano, no Red Bull Leipzig, semifinalista da Champions League de 2020.

Mas o francês não fazia o passe que se tornava assistência desde o campo de defesa. Seu diferencial era dar um passo à frente e se tornar meio-campista, levando o time inteiro a avançar em seu ritmo.

Lèo Ortiz está liberado pelo Bragantino e será jogador do Flamengo a partir de segunda-feira. Foi a mais longa negociação da janela de transferências, marcada por recusas de times médios em vender seus jogadores, casos de Caio Alexandre e Cauly, para o Palmeiras. No caso do Red Bull Bragantino, a avaliação é de que a venda acontecerá porque o rubro-negro chegou ao valor solicitado desde o início do negócio, compromisso firmado entre a direção da Red Bull e o, agora, zagueiro mais caro do Brasil em todos os tempos.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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