Decisão do TJD e pedido de desculpas de Belmonte pioram crise com Palmeiras
A decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) de exigir um vídeo do diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, em troca de liberar jogadores do São Paulo de julgamento e punição, não acalmou e ainda agravou a crise entre as diretorias palmeirense e são-paulina. Mais do que isso, acentuou a crise dentro do vestiário alviverde.
Entende-se que Carlos Belmonte não pediu desculpas. Passou uma semana sem telefonar, sem se desculpar, sem se preocupar com a gravidade de chamar Abel Ferreira de "português de merda."André Hernan relatou que só pediu desculpas para salvar jogadores.
Ao fazer, admitiu ter cometido um erro, mas ressaltou que seguirá defendendo o São Paulo, "não desta maneira."
A compreensão no vestiário da Academia do Palmeiras foi de que não houve pedido de desculpas, mas o pagamento de uma pena imposta pelo TJD. E que esta pena é péssimo exemplo, por trocar o reconhecimento de um erro por uma absolvição.
No São Paulo, entende-se que Belmonte só não pediu desculpas antes, por orientação jurídica. Ou seja, os advogados queriam mesmo a troca do pedido de perdão pela absolvição.
Não do diretor, punido com o afastamento dos estádios pelo restante do Campeonato Paulista — um a quatro partidas.
Mas de Calleri, que não poderia estar à porta do vestiário do árbitro, por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos, e que poderia ser condenado a até quatro jogos de suspensão, pelo descumprimento de sua pena.
De fato, o TJD de São Paulo foi ridículo, ao trocar um pedido de desculpas de um dirigente por anistia de jogadores.
Carlos Belmonte cometeu um erro, admite ter errado e deve se encontrar em breve com Abel Ferreira.
A clareza com que se disse que o pedido de desculpas não significa admissão de culpa, mas a troca de sentenças pelo TJD expõe a fragilidade dos tribunais esportivos do Brasil.
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