Felipão deixa Atlético por desgaste ampliado sem Rodrigo Caetano
O Atlético anunciou a saída de Luiz Felipe Scolari.
O técnico de 75 anos terminou o segundo turno do Brasileirão na primeira colocação, com três pontos a mais do que o Palmeiras, campeão.
Fez o total de 41 partidas pelo Galo, classificou o clube à fase de grupos da Libertadores e à decisão do Campeonato Mineiro.
Mesmo assim, a justificativa é de que o desempenho não é bom. Em dez partidas neste ano, ganhou cinco, empatou duas e perdeu três.
Luiz Felipe Scolari não é mais o técnico do Galo. De forma consensual, Clube e treinador acertaram o fim do vínculo na manhã desta quarta-feira (20).
-- Atlético (@Atletico) March 20, 2024
O Galo agradece a Felipão e seu auxiliar Carlos Pracidelli pelos serviços prestados e deseja-lhes sucesso no seguimento de suas? pic.twitter.com/axNThfcNqN
Não ganhou do Cruzeiro, pecado para a torcida.
Mas o problema central é o desgaste, ampliado depois da saída de Rodrigo Caetano para seleção brasileira.
Felipão sempre precisou de um conselheiro próximo, calmo e que lhe transmitisse a sensação de respaldo.
No Galo, depois da saída de Rodrigo Caetano, ficou sozinho. Absolutamente só.
Não sentiu isso no Atlético, pela ausência dos proprietários da SAF, Rubens e Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, no dia a dia de treinamentos. Nunca falou sobre isto, mas a percepção é de que faltava a transmissão para a torcida e para o vestiário de que o treinador seria ele até o final do ano. Em vez disso, Felipão passou a ter de se relacionar diretamente com torcida e com a pressão do vestiário.
Era como se Felipão precisasse suportar toda a pressão apenas com sua casca e experiência.
Grandes momentos da carreira de Felipão estiveram ligados a bons conselheiros, que lhe transmitiam segurança e tranquilidade. Casos de Fábio Koff, no Grêmio, e Paulo Angioni, no Palmeiras. Foi diferente a passagem pelo Atlético.
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