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OpiniãoEsporte

Brasil mostra vida e Endrick é o mais jovem a marcar na história de Wembley

Pelé marcou seu primeiro gol pela seleção aos 16 anos e 9 meses. Ronaldo, aos 17 e 8 meses. Endrick tem 17 anos e 8 meses e se junta aos fabulosos. O Rei marcou pela primeira vez no Maracanã. O Fenômeno, em Florianópolis. Endrick, em Wembley, onde o Brasil não vencia desde 1995 e jamais no mítico palco depois da reforma.

A transmissão da TV inglesa confirmou: Endrick é o mais jovem jogador da história a marcar em Wembley. O recorde anterior era de Norman Whiteside, norte-irlandês, pelo Manchester United. Na final da Copa da Liga, em março de 1983, o United perdeu para o Liverpool por 2 x 1 e Whiteside anotou aos 17 anos e 10 meses, um mês mais velho do que Endrick, desta vez.

Por seleções e clubes.

O amistoso começou com homenagens a Terry Venables e Zagallo, mortos em novembro de 2023 e janeiro de 2024 respectivamente. Os dois eram os treinadores de Inglaterra e Brasil na vitória anterior da seleção, em 1995.

Diferentemente daquele tempo, quando o Brasil era campeão mundial e os ingleses nem tinham ido aos Estados Unidos, desta vez a pose de favorito era dos anfitriões.

Mas deu jogo. Antes, deu susto.

Nos primeiros sete minutos, o Brasil não conseguiu passar do meio de campo.

Vinicius Junior não jogou bem, mas fez a jogada do gol, marcado em rebote de Pickford por Endrick

Um pouco espaçoso demais na marcação, mas com boas trocas de passe e chances de gol criadas principalmente em saídas rápidas para o ataque. Aos 8 minutos, Rodrygo finalizou de fora da área e Pickford defendeu. Logo depois, lançamento de Paquetá deixou Vinicius Junior frente a frente com o goleiro inglês, mas o chute saiu fraco e o lateral Walker salvou.

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Também houve bola na trave de Paquetá, outra jogada de contra golpe que se transformou em troca de passes depois da recomposição da defesa de Southgate. Rodrygo deu o passe, Paquetá chutou certo. Caprichosamente, a bola tocou o poste.

A base do time foi o 4-2-3-1, com Rodrygo como centroavante. Mas com mobilidade. Raphinha pela direita, Paquetá pouco à frente dos dois volantes, Bruno Guimarães e João Gomes.

Danilo jogou muito bem, Beraldo demonstrou maturidade, os meio campistas foram firmes.

Paquetá não é o 10 dos sonhos, tanto que vestiu a camiseta número 8. Jogou bem.

A vitória é um sinal de que há vida.

Com a lembrança de que o amistoso de Wembley é o de maior número de estreias desde 1987, quando Carlos Alberto Silva começou sua trajetória na seleção com quatro debutantes.

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Também estava na memória a dificuldade para ganhar na mais emblemática casa do futebol inglês.

A Inglaterra estava invicta havia 10 partidas.

O futebol brasileiro só deixou um recado: há vida.

Mas tem muito trabalho pela frente.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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