São Paulo não se posiciona e abandona Carpini de modo constrangedor
Importa pouco o fato de o presidente Julio Casares ter viajado no banco ao lado de Thiago Carpini no voo que levou o São Paulo ao Rio de Janeiro, para a derrota por 2 x 1 para o Flamengo. Depois da partida, a demora e o silêncio dos dirigentes, que procuram por novo treinador, deixaram o treinador jogado aos leões. Respondeu com expressão abatida, voz baixa, como o funcionário que chega à repartição com todos os colegas sabendo que será desmitido no final do expediente de sexta-feira e precisa cumprir horário até o chefe chamar para oficializar o que todos já sabem nos corredores.
Não importa se a maior parte da torcida entende que Carpini tem de sair. Respeitar é verbo intransitivo, ou deveria ser. No Brasil, não é. Já se viu Paulo Sousa dando treino em Atibaia com o país inteiro sabendo que iria para o mercado minutos depois.
A noite de quarta-feira também foi constrangedora pela informação, depois desmentida, de que o espanhol Rafa Benítez poderá ser o substituto de Carpini. Ora, logo o treinador com quem James Rodriguez mais teve problemas, no Everton, da Inglaterra? A diretoria se apressou em desmentir, mas por que vazou uma informação sobre um claro desafeto do jogador que representa o maior investimento são-paulino:
"James prefere dinheiro e uma vida confortável à competição. Ele não trabalha duro, mas espera ser escalado. Seria um desrespeito com os jogadores que se esforçam e, mesmo assim, precisam ficar no banco no dia do jogo", disse Benítez sobre o colombiano.
Que bom que não será o espanhol, deve ter pensado James Rodriguez.
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