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Anaf não representa árbitros e eles não vão bater palmas para louco dançar

Leila Pereira tem tocado o dedo em várias feridas com elegância.

Daí que não precisa xingar, para ser ouvida. Processar John Textor nas esferas cível e criminal está certo. Chamar de idiota, passa do ponto.

Mas Textor segue sem seguir o conselho mais propício à investigação que pretende. Por que não leva seus documentos ao Ministério Público de Goiás, que investiga manipulação de resultados há dois anos e tem consistência para cruzar dados velhos com informações novas.

Ocorre que o próprio senador Jorge Kajuru, de Goiás, entende não haver provas nos documentos de Textor. Há indícios e devem ser apurados. Não há gente mais séria para prosseguir a apuração do que o Ministério Público-GO.

E, em Goiânia, todas as investigações isentaram os árbitros. Talvez pelo vexame da categoria há 19 anos, no caso Edílson, não há indício de que tenham se metido nas provadas armações que já afastaram jogadores como Eduardo Bauermann, Gabriel Tota e Alef Manga.

Se a investigação mais séria já realizada exime os árbitros de responsabilidade, não há razão para a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) defender a paralisação do Brasileirão.

Importante! Os árbitros da elite não reconhecem a Anaf como sua representante. A Abrafut (Associação Brasileira de Árbitros) reúne 70% da categoria e não dá voz a ex-árbitros.

Os árbitros têm direito à greve, claro. Mas nenhum deles está disposto a bater palma para louco dançar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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