O Corinthians de hoje faz mais mal a Cássio do que Cássio ao Corinthians
Cássio tem razão ao afirmar que tudo parece cair sobre suas costas neste momento do Corinthians. Pelo menos está correto na análise, neste momento, depois de quatro jogos de inanição do ataque, que não marca.
E, especificamente, depois do passe de Viveros passar embaixo do pé de Felix Torres e permitir a Gaston Veron chutar frente a frente com Cássio.
Se é verdade que Cássio já fez defesas como a que não conseguiu contra o Argentinos Juniors, também é fato que a falha no gol de Buenos Aires não foi do goleiro - - pelo menos, não apenas dele.
Há menos de dois anos, um grupo de corintianos comentava os desfalques contra o Boca Juniors, também a caminho da Argentina. Realistas com o favoritismo do Boca nas oitavas da Libertadores de 2022, diziam: "Cássio vai nos classificar".
Não era difícil acertar a previsão. Bastava olhar para o passado e a quantidade de jogos decisivos em que Cássio foi um dos responsáveis pela vitória.
Ninguém ganha sozinho nem perde por conta própria.
Cássio não é culpado pela crise corintiana.
Não é preciso olhar para o passado com gratidão. Isso, a maior parte da torcida faz. Mais difícil é observar o presente com realismo. Compreender que Veron só chegou frente a frente com Cássio, porque o time inteiro falhou e, desta vez, Cássio não conseguiu salvar.
Ele é ídolo, não santo.
Se é hora de ir embora. O goleiro-ídolo deve pensar diante do espelho. De longe, parece que o Corinthians atual faz mais mal a Cássio do que Cássio ao Corinthians.
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