Cruzeiro agora é de Pedro Lourenço e Alexandre Mattos. Será uma potência?
A venda do Cruzeiro está confirmada. Ronaldo não é mais o proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A negociação com Pedro Lourenço, dos Supermercados BH, está sacramentada, embora dependa dos trâmites legais para ser concretizada.
Os bastidores da negociação indicam que Ronaldo Nazário de Lima, pessoa jurídica, estava desgastado com críticas da torcida e que não precisa mais desse desgaste. Mais ou menos... Ronaldo já se desfez do Fort Lauderdale no passado. O Cruzeiro era, para ele, uma passagem.
Mas o discurso é de que o Cruzeiro precisa deslanchar com um dinheiro que Ronaldo não tem. Pedro Lourenço tem.
Para quem não sabe quem é o proprietário dos Supermercados BH, é como se Abílio Diniz, no auge do Pão de Açucar, comprasse o São Paulo Futebol Clube. É quase a mesma coisa.
A primeira operação de Pedro Lourenço é a manutenção do estafe de Ronaldo. Gabriel Lima, considerado um gênio como executivo, e Paulo André, continuam em seus cargos.
Alexandre Mattos está contratado para ser diretor-executivo de futebol. Isso explica a saída rápida de Pedro Martins para o Vasco.
Com a chegada de Mattos, Paulo Autuori deve sair, como aconteceu no Athletico Paranaense.
Matheus Pereira será contratado em definitivo por aproximadamente R$ 28 milhões, a maior contratação da história do Cruzeiro.
Acredita-se, internamente, que o Cruzeiro vai mudar de nível e voltar a disputar títulos pelo investimento de Pedro Lourenço.
Não dá para ter certeza disso, por ora.
O que se sabe é que Pedro Lourenço é um torcedor no papel de dirigente. Vai precisar ter mais cabeça de empresário para que a SAF dê certo. Se mudar goleiro a cada falha, como aconteceu com Rafael Cabral, se trocar de técnico a cada 20 jogos, como tem acontecido, nunca será um Silvio Berlusconi. Diga-se, o italiano era um crápula como político, mas foi um revolucionário como dirigente esportivo.
Opinião
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