Palmeiras de Abel e São Paulo iguais em tudo. Quase...
Desde que Abel Ferreira chegou ao Palmeiras, o Choque-Rei é puro equilíbrio. Sete vitórias para cada lado e nove empates.. No geral, desde 1930, 116 vitórias para cada lado, 115 empates.
No que os dois não são iguais é a marcação.
A marcação do Palmeiras parece cada vez mais individual.
As referências de Abel Ferreira são todas internacionais. Se prestar atenção, Xabi Alonso faz o mesmo em boa parte dos momentos de jogos do Bayer Leverkusen. Arteta já fez pelo Arsenal. Mas a grande referência é argentina, Marcelo Bielsa, que influencia quase todos os treinadores de seu país que trabalham no Brasil.
Luis Zubeldía, nem tanto.
Não fez perseguição individual no campo inteiro, como Abel Ferreira muitas vezes faz.
No Choque-Rei, o Palmeiras fazia López pegar Arboleda, Veiga acompanhar Alan Franco, Endrick com Diego Costa, Estêvão na marcação a Wellington, Piquerez com Igor Vinícius, Alisson por vezes com Aníbal Moreno, Rios com Bobadilla, Gustavo Gómez sempre com Calleri, Murilo perseguia Luciano, Marcos Rocha quase sempre com André Silva.
Sem sobra.
Por vezes, Veiga voltava com Alisson. Marcos Rocha ficava um pouco mais na cobertura de Estêvão.
Não dá para dizer que não funcione, porque o Palmeiras tem anulado adversários e conseguido jogar. Mas Endrick jogou primeiro tempo ruim.
Raphael Veiga recuperou-se. Jogou bem. Lembre-se de que, mesmo se atuar em seu melhor nível, Raphael Veiga participou diretamente de onze dos 36 gols do Palmeiras no ano, com 7 gols e 4 assistências.
A marcação palmeirense parou o São Paulo. Mas vale a pergunta se, nessas partidas de perseguição individual, também tem faltado perna para transformar tática defensiva em sucesso no ataque. Não é uma certeza, apenas uma dúvida.
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