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CBF não quer parar Brasileiro e não vai parar sem consenso entre clubes

Não há dentro da CBF a ideia de que os Brasileiros das Séries A, C e D, que têm clubes do Rio Grande do Sul, devam parar. Mas bastaria o presidente Ednaldo Rodrigues ter certeza disso para tomar a decisão. Não se trata de paralisação, mas de adiamento, e o presidente teria o direito de decidir de modo independente.

Mas ele não vai tomar essa decisão. Ou pelo menos será uma enorme surpresa se tomar.

Em vez disso, a CBF anunciou Conselho Técnico para 27 de maio. Ora, daqui a duas semanas, ou a situação será insustentável ou haverá otimismo com a diminuição das chuvas. Se for insustentável, vai ter de adiar rodadas antes do dia 27.

Para discutir adiamento ou paralisação, a data anunciada é ridícula.

Isto não significa que qualquer decisão seja simples nem que não haja bons argumentos para não parar. Há.

O União Rondonópolis, da Série D, por exemplo, pode precisar dos jogos para arrecadar e pagar salários de roupeiros e massagistas, gente que, sem salário, pode também viver o drama de não poder comprar comida, como no Rio Grande do Sul.

Jogar com QR Code na camisa para arrecadar para as vítimas é outro argumento.

Isonomia não vai haver, nem jogando nem parando. Se parar, os times de outros estados seguirão treinando. O Internacional perdeu todos os equipamentos do seu Centro de Treinamento. Nem Grêmio nem Juventude enfrentam este problema.

À parte os argumentos a favor e contra a paralisação, a informação é mais forte: a CBF não quer parar. Os clubes não têm consenso. E a Conmebol até reagendou partidas de Internacional e Grêmio para os dias 4 e 8 de junho.

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Por isso, é quase certo que não vai parar nesta semana.. E só vai mais á frente se a situação das vítimas no Rio Grande do Sul se agravar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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