Querido Antero! A gente sempre vai ter você no coração
Antero Greco sempre foi um brilhante jornalista de texto, do Estadão, Diário Popular, rápida passagem pela Folha. Mas começou cedo a transição para a TV. No início dos anos 1980, quando Falcão chegou à Roma e antes de a TV Bandeirantes tornar as manhãs de domingo inesquecíveis, Antero foi comentarista de vários jogos da Série A.
A inconfundível voz de Antero já estava lá. Bem mais tarde, Antero dividiu-se entre a função de editor de esportes do Estadão e comentarista da ESPN, dedicado às transmissões de Copa do Brasil e futebol internacional e totalmente ligado ao Sportscenter, do fim na noite, junto com o Amigão, Paulo Soares.
Muita gente vai se lembrar das risadas. Amigão anunciando o interesse do São Paulo no argentino Milton Caraglio e Antero respondendo: "Também não precisa encher a boca para dizer isso." E o Amigão não conseguia controlar a gargalhada.
O humor era inconfundível, o jornalismo muito mais.
Tinha incrível capacidade de separar a hora do riso, do choro, a brincadeira da crítica, sempre feroz e bem colocada. Quando falava duro, doía a quem tinha de doer. A pancada vinha com argumento e informação. Não era toda hora e, portanto, não falava no vazio.
Lição de jornalismo, brasileirismo, italianismo, de amar sua família, Leila, João e Cris, amar andar pelas ruas de Roma. Se alguém vendasse seus olhos, ainda assim seria capaz de caminhar pelos becos e avenidas da capital italiana, como ensinou aos colegas na cobertura da final da Champions League de 2009, Barcelona 2 x 0 Manchester United.
Antero foi entretenimento ao fazer jornalismo. Sempre será uma lição de vida e profissionalismo. Exemplo de vida, de respeito, de amigo.
Vai com Deus, irmão!
A gente nunca vai te esquecer aqui embaixo.
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