Copa do Mundo de 2027 no Brasil deixará legado gigante se não repetir erros
O simples fato de chegar ao Brasil já deixa legado para toda a América do Sul. A Copa do Mundo será um gigantesco incentivo para meninas e mulheres praticarem o futebol e, a partir da quantidade de atletas, formar uma nova e talentosa geração de jogadoras.
Uma das vantagens da Copa de 2027 em comparação com a de 2014 é não precisar construir estádios. Deste ponto de vista, é justo reconhecer que o Mundial de dez anos atrás deixou herança. O legado não é zero, como muita gente diz. Tanto que nunca houve tão boas médias de público no Brasil como atualmente.
Mas também houve corrupção e disputas políticas, como aquela que levou Cuiabá a ser a sede do Pantanal numa disputa com Campo Grande que contou com Gilmar Mendes como cabo eleitoral.
Dois erros a menos. Não haver construção de estádios diminui o risco de ladroagem (diminui...) e as sedes já definidas evitam conluios políticos.
Sinal de que o grande legado pode ser esportivo, a tentativa de reconstruir um conceito de país futebolístico que, finalmente, seja de meninas e meninos, homens e mulheres.
Se a Copa estará no Pantanal e na Amazônia, também é importante mostrar ao mundo, e ao Brasil, que sem natureza o planeta expulsará em breve o ser humano da Terra. Sem cerrado, no Centro-Oeste, não se irriga a Amazônia, aumenta o drama climático e tragédias como a do Rio Grande do Sul.
A Copa do Mundo Feminina de 2027 é uma enorme oportunidade para o Brasil. Que se saiba aproveitar, sem os erros de 2014. Talvez dê até para ganhar.
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