Augusto Melo caminha para a ingovernabilidade
Um integrante da diretoria do Corinthians fez o seguinte depoimento no início da tarde desta sexta-feira: "Não se pode unir um grupo para ganhar as eleições e, depois, governar só com dois ou três amigos." Há cartas de renúncia escritas e pedidos para sair que deverão ser formalizados até o início da noite. Mês passado, já houve um movimento que acabou freado pelo presidente Augusto Melo. Mesmo assim, o diretor jurídico, Yun Ki Lee, pediu demissão, junto com seu adjunto. O motivo era a necessidade de incluir o Ministério Público e a Polícia na busca para saber para onde foi o dinheiro pago ao intermediário do contrato com a Vai de Bet.
No início da tarde, o Movimento Corinthians Grande (MCG) desembarcou da gestão Augusto Melo. Isso representa as saídas do diretor financeiro, Rozallah Santoro, e do diretor-adjunto de futebol, Fernando Alba, que vinha gerenciando o departamento com Fabinho Soldado.
É o caos!
E, a cada minuto que passa, mais grave é a situação dentro do Parque São Jorge.
Augusto Melo perde aliados por segundo e, se seguir assim, haverá chance de acontecer o segundo impeachment da vida corintiana.
O primeiro, em 1972, derrubou o então presidente Miguel Martinez depois da união dos inimigos políticos Vicente Matheus e Wadih Helu contra sua gestão. Martinez caiu em 15 de agosto de 1972, mais por incompetência do que por acusações de corrupção.
Meses antes, em 16 de abril, um de seus diretores ganhou na Loteria Esportiva. Não arrecadou milhões, não ganhou sozinho, nada disso. Ganhou na Loteria Esportiva no dia em que o Guarani venceu o Corinthians por 1 x 0.
O diretor do Corinthians apostou na derrota! Muito antes da Vai de Bet.
Hoje, ninguém no Parque São Jorge aposta que Augusto Melo conseguirá governar sozinho.
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