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OpiniãoEsporte

Os campos menores da Copa América podem atrapalhar favoritos

A Copa América disputada em estádios de futebol americano não terá campos das dimensões oficiais das competições Fifa, desde sempre, 105 metros de comprimento por 68m de largura.

Há 42 anos, a seleção de 1982 se preparou para a Copa da Espanha diminuindo os gramados brasileiros, na época de 110m x 75m, para o tamanho Fifa. Telê pedia. Isso não impediu que a seleção jogasse bem.

Hoje é pior. Primeiro, porque a diminuição já parte de espaço reduzido. Segundo, porque o espaço para jogar ficou menor com o preparo físico. O recuo da linha de meio-campistas e o avanço dos zagueiros deixa quem tem a bola com 12 metros entre os dois setores adversários.

Daí o abuso de uma das palavras da modanas transmissões de futebol: amplitude. "Fulano está jogando na amplitude." Não, mil vezes não... Está jogando perto da linha lateral, para usar toda a largura do gramado, dar amplitude a ele.

Mais exatos, técnicos portugueses dizem largura. Se não há espaço para os meias, por causa da proximidade das linhas dos adversários de meio-campo e defesa, abre-se um jogador perto de uma linha lateral e outro perto da outra. Ou seja, trabalha-se em toda a largura do gramado, para tentar espaçar os defensores lateralmente. Abrir espaços por um lado ou forçar que se crie espaços centrais, pela tentativa da defesa fechar um dos lados.

Com quatro metros de largura a menos, vai ser bem mais difícil atacar na Copa América.

Apesar de o tamanho estar dentro da regra, é erro grosseiro da organização.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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