Alemanha e Itália são dois campeões em realidades distintas
A Itália é simbólica para entender a mudança do futebol mundial. Aquela que o Brasil insiste em rejeitar, sempre que sofre contra belgas, croatas ou costa-riquenhos: está muito mais igual do que no passado. A razão é evidente. Se o Real Madrid tem jogadores da Croácia, Bélgica, Áustria, França, Brasil, se os candidatos a melhor do mundo mais recentemente foram o polonês Lewandowski, escolhido em 2020, ou o norueguês Haaland, preterido por Messi em 2023,a qualidade se espalhou de modo a fazer a Suíça não ser surpresa ao vencer e eliminar a Itália da Eurocopa.
Eliminou a França, também nas oitavas de final, três anos atrás.
A Alemanha também é símbolo disso, mas dona da casa parece não se conformar com a realidade que a afligiu desde o título mundial de 2014. Desclassificada na fase de grupos das duas últimas Copas do Mundo, com derrotas para a Coreia do Sul, em 2018, para o Japão, em 2022, a Alemanha é candidata ao título da Euro da qual é anfitriã.
Muito em função de ser a dona da casa, mas também por ter o melhor jogador da competição até agora: Musiala.
A vitória por 2 x 0 sobre a Dinamarca foi difícil e merecida. Teve gol anulado dos dinamarqueses no início da segunda etapa, por impedimento anotado pelo chip da bola. Logo depois, Havertz marcou de pênalti cometido por Joachim Andersen, em toque de mão. Depois, lindo passe de Schlotterbeck para Musiala marcar 2 x 0.
O camisa 10 da Alemanha é o artilheiro da Euro e destaque individual, mas o torneio é forte pelo aspecto coletivo e pela construção desde a defesa. Os passes vêm de trás, como de Schlotterbeck para o segundo gol.
Por isso, vale prestar atenção à Áustria. Coletivamente, pode ser destaque até a fase final do torneio.
Opinião
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