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Corinthians terá décimo técnico em cinco anos e R$ 15 milhões em multas

O Corinthians alcançará R$ 15,7 milhões em multas de rescisões de contratos, com a saída de António Oliveira.

O acordo prevê o pagamento de R$ 2 milhões.

Somam-se às cláusulas de saída de Tiago Nunes (R$ 1 milhão), Vanderlei Luxemburgo (R$ 1 milhão), Mano Menezes (R$ 10 milhões e Sylvinho (R$ 280 mil, quatro dos nove técnicos com passagens pelo Parque São Jorge desde o último título conquistado, o Paulista de 2019. Neste período, também passaram pelo clube e não tiveram multas de rescisão os treinadores Vágner Mancini, Vítor Pereira, Fernando Lázaro e Cuca. Dentro desse valor, está o R$ 1 milhão pago ao Cuiabá para liberar António Oliveira e poder contratá-lo em fevereiro passado.

O valor não é tão exorbitantes quanto os R$ 47 milhões pagos pelo Flamengo em multas para Domenec Torrent (R$ 11,4), Rogério Ceni (R$ 3 milhões), Paulo Sousa (R$ 7,3 milhões), Vítor Pereira (R$ 15 milhões e Jorge Sampaoli (R$ 10 milhões). Mas é também absurdo.

É difícil definir se times são campeões, porque não trocam de técnico ou não trocam de técnico, porque ganham título. No caso do Flamengo, muda de treinador e é campeão. O Corinthians tem lógica inversa.

Foram treze técnicos entre 2003 e 2007 e a sequência de trocas coincidiu com o rebaixamento.

A estabilidade existiu entre janeiro de 2008 e julho de 2016. Neste período de nove temporadas, o Corinthians teve apenas três treinadores e só demitiu um deles, Adílson Batista. Em duas passagens de Mano Menezes e Tite, somaram-se 565 partidas e oitor títulos: Paulistas 2009 e 2013, Copa do Brasil de 2009, Brasileiro 2011 e 2015, Libertadores 2012, Mundial 2012 e Recopa Sul-Americana de 2013.

Vieram Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira na sequência à saída de Tite. Depois, Fábio Carille, bicampeão paulista e campeão brasileiro, que voltou em 2019 para ganhar o tri estadual. No intervalo entre sua despedida e retorno, Carille teve Osmar Loss e Jair Ventura como substitutos. Ou seja, entre 2008 e 2019, o Corinthians teve oito técnicos e doze troféus.

Desde 2019, o Parque São Jorge vive o maior jejum de taças depois do gol de Basílio, em 1977. Foram nove treinadores neste período: Tiago Nunes, Vágner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, Fernando Lázaro, Cuca, Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes e António Oliveira.

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O Corinthians teve oito técnicos em doze temporadas de glórias. Com a saída de António Oliveira, irá para sua décima escolha diferente em cinco anos de fila.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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