Gabigol não assinou com Palmeiras e operação é mais complexa do que parece

Pode ser diferente se o destino for um time dos Estados Unidos, Arábia Saudita ou Europa. Não para um rival.

No caso específico do Palmeiras, há uma soma de fatores que tornam o cenário difícil. Todo dinheiro que Leila Pereira oferecer a Rodolfo Landim será pouco e tudo que ela gastar será muito. A não ser que o Flamengo aceite uma troca de Dudu por Gabigol, com contratos de três anos para os dois jogadores.

Há quem diga, no mercado, que isso pode acontecer. Não está acontecendo e o Flamengo não ofereceria um contrato longo para Dudu.

Para entender a complexidade da operação Gabigol, basta uma informação: a multa para o Brasil é de R$ 500 milhões.

Para o exterior, é possível que apareçam propostas na casa dos 6 milhões de euros. Pela cotação de hoje, R$ 36 milhões.

Gabigol pode pensar num valor como esse, ou um pouco superior, para se vender para o mercado brasileiro. Algo como R$ 50 milhões, diluídos em três anos de contrato. Isso daria R$ 1,3 milhão mensais, mais o salário.

É por isso que se fala em R$ 3 milhões mensais. Um erro: não é salário. É seu valor total.

Outra variável é que as janelas da Europa e Oriente Médio abrem-se agora. Não há razão para Gabriel desrespeitar o Flamengo e assinar pré-contrato às pressas, e pelas costas, com um clube rival. Não sem saber quanto, e se ,um time do exterior pagará para tê-lo, pagando a rescisão ao Flamengo ou esperando por sua liberação.

A operação é muito mais complexa do que parece. Especialmente porque Gabigol tem uma decisão: não vai sair pela porta dos fundos.