Pedro fora, De la Cruz dentro. Nunca se disse que houve acordo para isso
Dorival Júnior não convocou Pedro por sua decisão técnica.
O Uruguai convocou De la Cruz também por escolha de Marcelo Bielsa.
Não há nada de errado nisso.
O que este colunista expressou no comentário da rádio CBN foi que o calendário cria um cenário que dificulta o técnico da seleção convocar os melhores jogadores e os técnicos de seleções sul-americanas podem convocar quem desejam, porque a legislação da Fifa permite isso.
Não se trata de acordo nenhum.
Ocorre que, no Brasil, os clubes reclamam por ter de liberar jogadores para outras seleções, porque a Fifa determina a liberação em Datas Fifa.
De la Cruz teria de ser liberado, assim como Varela, Viña, De Arrascaeta, da seleção do Uruguai.
E outros 29 jogadores, total de 33 de seleções estrangeiras, mais três da seleção brasileira que atuam em Campeonatos do Brasil.
Há treze anos, a Copa América teve 11 convocados, sete que atuavam no Brasil, quatro em outras seleções.
O Brasileirão não parava, mas não havia a contradição atual.
Qual é: se Dorival Júnior quisesse convocar Pedro, alguém reclamaria.
O Uruguai convoca quatro jogadores e ninguém pode reclamar, porque é a legislação criada pelas Datas Fifa.
Qual a solução? O Brasileirão tem de parar sempre que houver competições internacionais.
É assim no mundo inteiro.
A crítica deste colunista foi a este cenário. O Brasil não podia ter Pedro e o Uruguai podia ter De la Cruz.
Não por proibição, mas pela situação criada.
Não é culpa da comissão técnica da seleção brasileira.
É culpa de um calendário que a cúpula da CBF não consegue mudar.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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