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OpiniãoEsporte

Ramón Díaz é melhor personagem do que técnico de futebol

Ramón Díaz é a história do futebol.

Campeão como centroavante do River Plate por cinco vezes, fez parte da Internazionale vencedora do escudeto de 1989.

Aquela conhecida como a Inter dos alemães ainda não tinha Jurgen Klinsmann. A legislação só permitia três estrangeiros: Mathäus, Brehme e Ramón Díaz.

Formaram com Zenga, Bergomi, Mandorlini, Ferri, Bianchi, Berti, Matteoli e Aldo Serena a espinha dorsal dirigida por Giovanni Trapattoni.

Cinco anos depois, assumiu o comando do River Plate, deixado por Daniel Passarella, contratado pela seleção argentina.

Ganhou seis vezes o título nacional, conquistou a Libertadores de 1996 dirigindo Francescoli, Ortega e Crespo, mas nunca foi visto como um estrategista.

Também colecionou problemas de relacionamento. Em 1999, o assessor de imprensa Beto González respondia assim, se haveria ou não conferência de imprensa de Ramón: "Não sei. Pergunte a ele. Não falo com ele." O assessor de imprensa não conversava com o treinador.

Ramón Díaz dirigirá seu terceiro clube no Brasil, depois de passagem relâmpago pelo Botafogo, período em que tratava um tumor, do qual felizmente se curou. No ano passado, orientou o Vasco sob o mantra: "No va a bajar!" Não iria ser rebaixado e não foi.

Impossível atribuir a Ramón Díaz os problemas de Vasco e Botafogo, clubes que aceitou dirigir em períodos de profundas crises administrativas. O problema é que também será esse o cenário no Parque São Jorge.

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Ao confirmar a chegada de Ramón Díaz, o Corinthians terá de providenciar a placa com o mesmo mantra do ano passado: "No va a bajar!" Seu contrato será de 18 meses, que só será cumprido se conseguir o primeiro passo e escapar do rebaixamento.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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