Argentina campeã mundial jogou só duas vezes completa e repete vencedores
A Argentina escalou nove titulares da final da Copa do Mundo de 2022, contra a França, na semifinal da Copa América, contra o Canadá: Dibu Martínez, Romero, Tagliafico, Enzo Fernández, De Paul, MacAllister, Di Maria, Julián Álvare e Messi.
No Catar, a formação campeã só entrou em campo na finalíssima e, depois, só no amistoso contra o Panamá, comemoração da torcida no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Ao todo, dois jogos juntos com os nove citados acima e mais o lateral Molina e o zagueiro Otamendi.
O mérito de Lionel Scaloni vai além das variações táticas a cada partida. Conta-se nos bastidores, incluindo conversas do técnico campeão do mundo com colegas seus no Deportivo La Coruña, que conseguiu o compromisso do presidente da AFA, Claudio Tapia, de organizar a seleção por dentro, sem parentes nem dirigentes nas viagens e jogos. Quando teve certeza de que conseguiria cumprir esta promessa, telefonou para Messi e lhe pediu para ficar: "Se for assim, pode contar comigo", disse o capitão.
Variar o time de acordo com o adversário é também uma boa característica, difícil de se medir em todas as circunstâncias, mas que funciona na Argentina, finalista da Copa América.
Aconteceu com outros campeões mundiais jogar poucas vezes com a mesma formação, que parece histórica.
O Brasil de 1970, eleito melhor seleção de todos os tempos, repetiu sua equipe clássica apenas quatro vezes. Na Copa, contra Tchecoslováquia, Uruguai e Itália, mais tarde num amistoso contra o México.
A seleção do tetra, em 1994, só jogou junta contra Holanda, Suécia e Itália. Nunca mais. Como a do penta, que só começou com seus onze titulares contra Inglaterra e Alemanha. Jamais outra vez.
A França, de 1998, idem. Só contra Peru, Argentina, Bélgica e Croácia. Nunca depois do estádio Luzhniki.
São histórias para sempre. Mas que duraram no máximo quatro jogos.
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