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O polêmico revezamento de goleiros impõe um risco a Tite

Tite já sabe que, se Matheus Cunha falhar, a culpa é do técnico.

Porque ninguém está acostumado, no Brasil, a revezamentos de goleiros, como o que funcionou no Barcelona, campeão da Champions League de 2015, com Ter Stegen titular nas 13 partidas, sem ter jogado nenhuma vez no Campeonato Espanhol.

Na Liga, quem jogava era Claudio Bravo, chileno, dono da meta em 37 das 38 rodadas. Na partida restante, jogou Masip.

No Brasil, ouviu-se falar em revezamento de goleiros no São Paulo, de Mario Juliato, em 1979. Entre setembro e outubro daquele ano, Waldir Peres jogou contra o Noroeste e perdeu. Toinho entrou contra a Inter de Limeira e venceu. Seguiu contra o XV de Piracicaba e foi derrotado. Waldir voltou contra o Palmeiras e ganhou.

Seguiu como titular mais cinco rodadas, até derrota para o São Bento. Toinho voltou vonyts o Noroeste. Não convencveu. Waldir voltou na derrota para o Santos por 3 x 0, 28 de outubro, e não saiu mais do time. Terminou o ano, o revezamento e a gestão de Mario Juliato, substituído por Carlos Alberto Silva.

Toinho virou reserva de poucas atuações,

No Flamengo, de 1980, Raul era titular. Terminado o Campeonato Brasileiro, campeão, Cantarele foi escalado em excursão à Europa e no início da Taça Guanabara, torneio independente do Estadual. Raul voltou a ser titular no Campeonato Carioca, Cantarele voltou a ser titular contra América e Americano, dois jogos antes da derrota para o Serrano, que terminou com o sonho do tetracampeonato carioca. Raul jogou em Petrópolis e também a partida anterior, contra o Vasco.

Não há caso de revezamento bem sucedido, exceto no Barcelona de 2015.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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