Não é só o Botafogo! Flamengo sofre uma goleada por ano desde 2018
A exceção é o ano de 2022, com Paulo Sousa e Dorival Júnior. Fora isso, o Flamengo tem sofrido uma goleada por ano, o que não é compatível com seu nível de investimento nem com sua história. A rotina começou com os 4 x 0 no Fla-Flu do Campeonato Estadual de 2018, reúne nove resultados, contra oito adversários distintos e sob o comando de sete treinadores diferentes.
Paulo César Carpegiani era o treinador na Taça Guanabara de 2018, quando o Fluminense aplicou 4 x 0. Teve até gol de Pedro para o Tricolor, na época dirigido por Abel Braga.
No ano seguinte, a mágica temporada de 2019. o rubro-negro já era campeão brasileiro e da Libertadores. Estava desmobilizado, o que atenua o tamanho do tombo. Mas levou 4 x 0 do Santos, com Jorge Jesus no banco e dez titulares em campo: Diego Alves, Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; William Arão, Gérson, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabriel.
Jesus foi substituído pelo espanhol Domenec Torrenc. Permaneceu apenas 23 jogos, sofreu seis derrotas, três por placares dilatados: 0 x 5 Independiente del Valle; 1 x 4 São Paulo; 0 x 4 Atlético Mineiro. As duas últimas goleadas, em sequência, causaram sua demissão.
Substituído por Rogério Ceni, com quem o Flamengo não foi humilhado. Com Renato Gaúcho, sim. Sua primeira derrota foi um acachapante 0 x 4 do Internacional, no Maracanã, três gols de Yuri Alberto.
No ano seguinte, 2022, fracasso no estadual com Paulo Sousa e título da Libertadores, com Dorival Júnior, o único treinador da história das competições sul-americanas a vencer todas as partidas de uma mesma temporada. Seis da fase de grupos da Sul-Americana, pelo Ceará, sete dos mata-matas pelo Flamengo. Não houve goleada sofrida.
Em compensação, a derrota para o Fluminense, na decisão estadual de 2023, foi por 4 x 1. Causou a queda de Vítor Pereira, substituído por Jorge Sampaoli. O argentino permaneceu por 38 jogos, sofreu oito derrotas, uma delas por 4 x 0 para o Bragantino, em Bragança Paulista.
Em 58 partidas, Tite tem onze derrotas, a mais impactante os 4 x 1 do Botafogo. É a maior goleada sofrida para o rival desde os 6 x 0 de 15 de novembro de 1972, vingada em 8 de novembro de 1981.
Desde então, o Botafogo havia aplicado 3 x 0, em 2008, 4 x 2 em 2002. Goleada, como se sabe, é um conceito abstrato, que aqui conta com uma definição objetiva: três gols de diferença, marcando pelo menos quatro gols. Ou seja, 3 x 0 não é goleada, nem 4 x 2, nem 5 x 3. Mas 4 x 1, 5 x 2 e 6 x 3, sim.
Incrivelmente e de modo injustificável, o Flamengo tem uma coleção de placares assim contra si nas últimas sete temporadas.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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