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Botafogo se classifica com fragilidade emocional e muita força tática

A reação do Palmeiras nos minutos finais, o empate com raça de Rony, o gol da virada, anulado pelo vídeo por toque de mão de Gustavo Gómez, bola na trave na última jogada. Tudo isso deu margem a julgar que o Botafogo não tem força suficiente para sonhar com a Libertadores.

"Time frouxo do Botafogo", disse um alvinegro na tribuna, enquanto Facundo Tello vasculhava o vídeo para perceber o toque de mão de Gómez, que existiu.

Mas o jogo todo mostrou como tem sido difícil parar o time alvinegro neste momento da temporada.

Abel Ferreira montou uma equipe que preferia marcar individualmente em boa parte dos jogos. É impossível fazer isso contra o Botafogo.

O centroavante sempre é Igor Jesus, mas o segundo atacante sempre muda. Ora Luiz Henrique, ora Savarino, o homem mais decisivo da classificação.

O início do jogo foi botafoguense, a maior parte do primeiro tempo palmeirense, pelo volume de jogo. Não pela qualidade tática, mas pela fibra com que o time buscava o gol a todo instante.

No início da segunda etapa, uma falha de Vítor Reis e Caio Paulista premitiu a Matheus Martins rolar a Savarino e dele a Igor Jesus.

Abel, então, deixou sua defesa no mano a mano, com alterações que tentavam jogar o Palmeiras para o empate. Marcos Rocha por Gabriel Menino, Richard Ríos por Rony. Na primeira escapada, o mano a mano castigou Abel e saiu o segundo gol, de Savarino.

O Allianz Parque não parou de gritar, o Palmeiras não parou de lugar, empatou o jogo com López, aos 42, Rony aos 44, ainda marcou o terceiro, anulado por toque de mão de Gómez, chutou bola na trave.

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Se o Palmeiras saiu de campo orgulhoso, o Botafogo saiu classificado com alívio.

Pelo final, pareceu um time frágil emocionalmente.

Mas, taticamente, é uma equipe capaz de brigar pelo título até o final.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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