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OpiniãoEsporte

A conta mágica que pode salvar o Corinthians do rebaixamento

O número mágico é 45.

Mas não, essa matemática não é precisa. O Corinthians caiu com 44, em 2007, e o Palmeiras escapou com 40, em 2014. Se olhar bem na classificação da salvação palmeirense de 18 anos atrás, o Palmeiras, dirigido por Tite em 19 jogos, somou 44. Mas a Ponte caiu com 39 e bastariam 40 para salvar.

No caso corintiano, não teve perdão: caiu com 44. Salvou-se o Goiás com o mágico número: 45.

Criou-se, então, o mito. Precisa de 45 para escapar.

Nem sempre, nem sempre.

No ano passado, a esta altura, o Vasco estava fora da zona de descenso com 26. Desta vez, o primeiro a se salvar tem 24. O Santos caiu com 43 e o Bahia se salvou com 44.

Por esta lógica, o Corinthians pode se salvar com 42.

Tanto a conta não é tão precisa que o Fluminense "caiu", em 2013, com 46 pontos.

Naquela campanha, na 24ª rodada, o São Paulo era o primeiro fora do descenso com 27 pontos. O Fluminense estava em oitavo, com 33.

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Assim como o Corinthians, em 2007, nono colocado com 33 na 24ª rodada, somou só mais 11 em 14 jogos e caiu.

Os 45 pontos para se salvar são uma referência, não ciência exata. O Corinthians precisa de gols, mais até do que jogar bem, porque o desempenho melhorou.

Antes dos pontos corridos disputados em 38 rodadas, como funciona desde 2006, era mais difícil ter certeza. Os cálculos eram por porcentagem para saber quantos pontos seriam necessários para escapar.

Num Linha de Passe, da ESPN, em 2002, Cláudio Carsughi dizia que o Palmeiras precisaria de 35 pontos para escapar e que não conseguiria. Argumentei que não. Pela porcentagem de pontos obtidos pelos que escaparam, seriam necessários 27 pontos apenas. Talvez, 28. Ressaltei que a conta não era exata, mas provável.

No dia seguinte, o técnico do Palmeiras, Levir Culpi, foi aos estúdios da ESPN, para participar do Sportscenter Meio-Dia, nome da atração na época. Mostrei a conta a Levir e contei sobre o debate. Ele respondeu: "Me dá aqui esse papel!" E levou o rascunho consigo. No final da campanha, o Palmeiras caiu com 27 pontos. O Paraná escapou com 28.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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