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Fortaleza na liderança propõe reflexão sobre o mapa do Brasileirão

A região Norte é a única ausente do mapa do Campeonato Brasileiro. Desde 2005, quando o Paysandu foi o representante, rebaixado como lanterna e cuja única participação foi uma goleada sofrida no Mangueirão por 4 x 1, para o Flamengo.

O Centro-Oeste pode não ter nenhum representante no ano que vem, se caírem Cuiabá e Atlético Goianiense, como propõe a classificação atual, com os mato-grossenses em 19º lugar e os goianos na lanterna. Não há Série A sem o Centro-Oeste desde 2018 e o Vila Nova é esperança de permanência, mesmo em caso de quedas do Dourado e do Dragão.

O Nordeste...

O Brasileirão dos pontos corridos atinge a maioridade, com seus 21 anos, em que já houve líderes como o Paraná Clube, o Figueirense, o Criciúma, O Goiás nunca liderou, mas disputou o título do primeiro turno de 2005, num empate por 1 x 1 com o Corinthians, no Pacaembu. Se vencesse, seria líder ao final da primeira metade.

Líderes do Nordeste... O Santa Cruz foi primeiro colocado na segunda e na terceira rodada de 2016. O Sport, em 2015, na terceira, oitava, nona e décima rodadas do Brasileirão.

O Fortaleza faz mais do que isto, porque tem quatro pontos potenciais de vantagem sobre o segundo colocado, na 24a rodada. Ou seja, está disputando o título.

A unificação do Brasileiro mostra dois vice-campeonatos do Tricolor de Aço. Em 1960, numa decisão contra o Palmeiras, de Osvaldo Brandão. Em 1968, numa finalíssima contra o Botafogo, dirigido por Zagallo.

O Nordeste está no mapa do Brasileirão desde 1959, quando o Bahia venceu o Santos numa final em três jogos, desempate disputado no Maracanã. Nadinho, Leone, Henrique, Vicente e Beto; Flávio e Bombeiro; Marito, Alencar, Léo e Biriba, dirigidos pelo técnico argentino Alberto Volante. Esta a equipe que venceu o Santos na Vila e, com poucas mudanças, por 3 x 1 no Maracanã.

Depois, quem não amou a elegância sutil de Bobô, verso de "Reconvexo", de Caetano Veloso, homenagem ao titulo do Bahia de 1988: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil, Bobô e Zé Carlos; Charles e Marquinhos. De Evaristo de Macedo, que quase levou o Santa Cruz à final do Brasileirão de 1975, derrotado na prorrogação pelo Cruzeiro.

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Com todas estas histórias, é a primeira vez que um time do Nordeste lidera o Brasileirão no segundo turno.

É para pensar na desigualdade do Campeonato Brasileiro, da capacidade de investimento aos quilômetros de viagens.

O que faz o Fortaleza é heroico.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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