A janela de transferências não tem vencido o campeonato. Vai ser diferente?
Dos últimos cinco Campeonatos Brasileiros, é justo dizer que um deles foi vencido na janela de transferências: 2019.
Não foi uma campnaha qualquer. As quatro contratações do meio do ano daquele Flamengo de Jorge Jesus — Rafinha, Pablo Marí, Filipe Luís e Gérson — transformaram o cenário e mudaram a campanha. Antes da Copa América de 2019, dizia-se que o Palmeiras já era campeão. Em nove rodadas antes do início do torneio de seleções, o time de Felipão tinha 25 pontos, só dois perdidos, cinco de vantagem para o Santos, oito para o Flamengo.
A janela mudou tudo.
Não foi assim nos quatro campeonatos seguidos. O Atlético não foi campeão pelas contratações, nem o Flamengo de 2020, nem o Palmeiras de 2022 e 2023.
Então por que esta febre? Há três semanas, o Flamengo discursava que suas grandes negociações tinham acontecido em janeiro, na verdadeira janela de transferências do Brasil. Então, contratou Alex Sandro, Plata, Michael e Alcazar, o segundo mais caro da história do Brasil — só Almada custou mais caro.
E ainda luta por Deivid Washington.
O São Paulo é criticado porque contratou apenas Ruan, Jamal Lewis e Longo.
A janela deste ano ficou aberta por mais tempo, porque os clubes pediram à CBF que pudessem contratar até o final do período de transferências da Europa.
Pode ser que o Botafogo ganhe o campeonato com gols de Igor Jesus e passes de Almada. Neste caso, jogadores contratados no meio do ano.
Ou que o Palmeiras vença com gols de Maurício e passes de Felipe Ânderson.
A verdade é que o interminável período de reforços só ajuda a empresários e jornalistas especializados em mercado. Mais do que aos clubes.
Para pensar, o Chelsea gastou 237 milhões de euros. Nenhum clube gastou tanto na Europa. Vai jogar a Conference League e está em 11º lugar no Campeonato Inglês.
Planejar-se vale mais do que contratar às pressas.
Deixe seu comentário