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De Owen à lesão de Pedro, como Fifa se protegeu de grandes indenizações

A lesão de joelho de Michael Owen, durante a Copa do Mundo de 2006, gerou indenização de aproximadamente 18 milhões de euros (R$ 113 milhões) pagos pela Federação Inglesa e pela Fifa.

Poderia ter se tornado jurisprudência para casos como o de Pedro, do Flamengo, que sofreu lesão do ligamento cruzado anterior e pode ficar até dez meses afastado dos campos.

Não virou.

De 2007, quando o Newcastle ganhou ação, até hoje, uma série de mudanças e seguros que compõem o Programa de Proteção aos Clubes limitam a 7,5 milhões de euros as indenizações. Pela cotação do euro hoje, R$ 47 milhões.

O Flamengo acionará a Fifa e seu programa, mas não alcançará os 18 milhões de euros recebidos pelo Newcastle. Na época, o clube inglês pedia pagamento dos salários e parte dos 58 milhões de euros gastos na compra do nigeriano Obafemi Martins, para substituir o lesionado Michael Owen. Não recebeu tudo isso, mas foi surpreendentemente vitorioso em sua demanda.

Hoje, pelo Programa de Proteção, a indenização só começa depois do 28º dia , remunera em 20,5 mil euros diários e tem limite de 7,5 milhões de euros (R$ 47 milhões). Esse valor poderá cobrir os salários de Pedro, mas não uma eventual perda do título da Libertadores, cuja premiação se aproxima de R$ 117 milhões. A indenização ao Newcastle por Owen chegaria, pela atual cotação, a R$ 113 milhões.

E como há um limite de 7,5 milhões de euros, é provável que não cubra integralmente os salários do período.

Pode-se tentar outro caminho legal. Em tese, é quase impossível ser remunerado fora do Programa criado pela Fifa e que tem protegido mais a federação internacional do que os clubes com jogadores machucados.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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