As perguntas não respondidas pela CBF sobre a crise na arbitragem
O presidente da CBF confirma que Wilson Luiz Seneme está afastado de seu cargo na comissão de arbitragem por motivo de saúde. Afirma que seus exames diagnosticaram pressão alta. Nos corredores, entre os árbitros, diz-se que houve "esgotamento".
Nos dois casos, por que a CBF esperou a reportagem do UOL conhecer o caso, para informar à opinião pública — e aos árbitros — sobre o afastamento do presidente da comissão?
Em novembro de 2021, o ex-presidente da comissão, Leonardo Gaciba, foi informado sobre seu desligamento. Alício Pena Júnior assumiu o posto, mas a CBF seguiu pagando Gaciba normalmente até o final de seu contrato.
Naquela época, a crise se deu depois de Flamengo 3 x 0 Bahia. Desta vez, o problema explodiu depois de Vitória 2 x 2 Cruzeiro. Sempre um clube da Bahia reclamando antes do afastamento de um chefe de arbitragem.
As duas perguntas fundamentais são:
1. Seneme será demitido, como pensa mais de um presidente de clube?
Ednaldo respondeu: "Não!" Então, é seu compromisso não demitir e dar respaldo.
A segunda pergunta é: Por que a CBF não informou aos árbitros nem à opinião pública que o chefe da arbitragem se afastou por questão de saúde? Se há uma crise na arbitragem a ponto de Ednaldo Rodrigues convocar uma reunião de emergência, e se o chefe de arbitragem se afasta por motivo de saúde no dia seguinte a ela, não se deveria avisar sobre seu afastamento logo depois do atestado medico?
Dizer, por exemplo, quem dará sequência às medidas emergenciais... Seria o básico.
Ninguém avisou nem aos árbitros e clubes, que souberam pela rádio corredor. Nem à opinião pública.
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