Gérson salva o Flamengo, mas o Maracanã não perdoa Tite
O Maracanã esvaziou depois da eliminação da Libertadores, mas não abaixou o volume. A partir dos 40 minutos do segundo tempo, com o insistente 0 x 0 no placar, os cantos de "Ei, Tite, vai..." "Não é mole, não! Para jogar no Mengo tem de ter disposição!" e até o fácil "Vergonha, vergonha, time sem vergonha.!"
O clima estava pesado, quando Wesley cruzou e Gérson desviou de cabeça. Salvou a quarta colocação do Flamengo, quando começava a ficar ameaçada, assim como até a classificação para a Libertadores. Pelo menos, a vaga direta na fase de grupos, ainda que o time tenha chance até de ser campeão brasileiro. Tem oito pontos a menos do que o Botafogo e também uma partida a mais por realizar, contra o Internacional.
O Flamengo enfrentou um dos terrores da carreira de Tite, o sistema 5-4-1, com linha de cinco defensores, dois lateraie e três zagueiros.
Tite aprendeu que lançar na diagonal, sobre o segundo ou quarto jogador dessa linha, é a melhor maneira. Apelidou de "desdentar" a linha de cinco. Este Flamengo sem dentes e sem apetite não conseguia fazer isso. Alcançou o gol no cruzamento de Wesley. a 25a bola levantada, apenas a sétime certa.
O Athletico não se limitou a defender e teve oportunidade de marcar no contra-ataque. Falhou e perdeu pela segunda vez, no segundo jogo sob o comando de Lucho González.
O Maracanã recebeu o pior público da temporadda: 26 mil pagantes apenas, que mandaram Tite para aquele lugar mesmo depois da vitória.
Opinião
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