Atlético, Botafogo e Cruzeiro fazem ano SAF na América do Sul
O Cruzeiro chega à sua primeira final internacional em quinze anos, cinco depois da mais gigantesca crise institucional de qualquer clube brasileiro e três após aderir ao modelo das Sociedades Anônimas do Futebol (SAF), inspirada nas Sociedades Anônimas Deportivas (SAD) da Espanha e Portugal. O Botafogo se tornou SAF em janeiro de 2022 e o Atlético em novembro de 2023.
Pela primeira vez na América do Sul, três dos quatro finalistas são empresas constituídas e no modelo adotado a partir das pesquisas e estudos de Rodrigo Monteiro de Castro e José f. Manssur.
Não significa que será sempre assim a partir de agora, mas é importante que clubes tradicionais, como Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Santos, São Paulo e até mesmo o Flamengo, de extraordinária receita para os dias atuais, prestem atenção aos movimentos do mercado.
Da Espanha, onde as SADs nasceram em 1990 e, com quatro anos de carência, foram aplicadas a partir de 1994, vêm os exemplos de que haverá altos e baixos, sendo ou não sendo empresa do setor do futebol. Desde o início do projeto, todos os clubes foram obrigados a aderir, exceto Athletic Bilbao, Barcelona, Real Madrid e Osasuna, os três primeiros não nunca terem sido rebaixados o time de Pamplona por não possuir déficit.
Dois anos depois, em 1996, o Atlético de Madrid se tornou a primeira SAD campeã espanhola. A segunda foi o Deportivo La Coruña, em 2000. Hoje, o Depor está em 20o lugar na segunda divisão. Primeiro campeão, o Atlético foi rebaixado em 2000 e passou dois anos fora da elite. Voltou bem administrado e tornou-se um clube relevante, com dois títulos da Liga em 2014 e 2021, duas finais de Champions League e três títulos de Liga Europa.
Não há SAD na Itália, onde o Milan de Silvio Berlusconi foi revolucionário e, depois, decadente.
Vai ser a mesma coisa. Três SAFs estão nas finais da América do Sul e o Cuiabá, também SAF, na zona de rebaixamento. Vai haver subidas e descidas. Os gigantes atuais, Flamengo e Palmeiras, precisarão de muita atenção.
Opinião
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