Como deve ser o duelo tático de Flamengo x Atlético no Maracanã
Marcação individual é princípio fundamental para o técnico do Atlético, Gabriel Milito.
Com sobra, diferentemente do que fazem Xabi Alonso e Unai Emery, nos Campeonatos da Alemanha e Inglaterra.
Gabigol terá a companhai de Battaglia, com Junior Alonso na cobertura. Por vezes, o inverso.
Daí para a frente, tudo individual. Lyanco com Michael, Otávio com De Arrascaeta, Rubens marcando Plata, com Arana, na linha do meio-de-campo, acompanhando Wesley até a linha de fundo. Por vezes, vai parecer linha de cinco. Não é. Milito marca com linha de quatro homens, constrói com três no fundo, Lyanco, Battaglia e Junior Alonso.
O grande duelo pode ser para conter Gérson. Alan Franco terá essa missão. Paulinho acompanha Evertton Araújo e jogará mais perto de Hulk, pelas ausências de Deyverson e Bernard. A não ser que Milito faça outra escalação e a opção seja por Vargas, em vez de Rubens. Neste caso, Arana marcará Plata e Paulinho acompanhará Wesley.
O Atlético visitante é completamente diferente de quando joga na Arena MRV. Em Belo Horizonte, alargará o campo com Scarpa pela direita, Arana à esquerda. Hoje, Scarpa marcará Alex Sandro. Cada um com o seu.
Dificuldade para o Flamengo jogar, mas com posse de bola acima dos 55%, possivelmente, se a posturá do Galo se confirmar a citada acima.
O Flamengo alarga o campo com Wesley pela direita, Michael pela esquerda, puxa Plata, Gabigol e De Arrascaeta por dentro e pode ter Gérson chegando à frente. Alex Sandro como lateral armador. Vai virar um 2-3-5, por vezes 2-2-6 quando tiver a bola.
Marcando, o Flamengo é zonal. Não faz plano individual com a obsessão de Milito, discípulo de Marcelo Bielsa, mestre das grandes perseguições — assim definiu Hernán Crespo, quando estava no Brasil.
O Flamengo ficará sempre mais perto do gol.
O Atlético será perigoso no contra-ataque. Lembre-se de que, com toda a pressão do River Plate, a melhor chance do jogo em Buenos Aires foi a bola na trave de Scarpa. Contra-golpe.
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