Brasileirão terminará com segunda melhor média de público da história
Qual o dilema de Tostines? Vende mais porque é mais frequinho ou é mais fresquinho porque vende mais?
O que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
Dilemas eternos, do marketing à humanidade.
O do futebol brasileiro é explicar por que dizemos há quinze anos que está elitizado e, ao mesmo tempo, nunca teve tanta gente no estádio.
Nós estamos mais ricos ou os planos de sócios torcedores estão fidelizando quem, de fato, quer ir ao estádio?
No passado, dizíamos que os campeonatos de mais público eram os que tinham o Flamengo campeão. Média de 22.953 em 1983, ano em que o Flamengo foi o vencedor e houve a maior presença de todos os tempos no campeonato, 155 mil pagantes na final contra o Santos, 3 x 0, gols de Zico, Leandro e Adílio. Depois 1980, depois 1987...
Com a unificação assumida pela CBF, 1969, de Palmeiras campeão, está em quarto lugar. Depois 1971, com Atlético campeão.
Se era lenda, ficou mais. Porque o campeoanto de maior público de todos os tempos no Brasil é o de 2023, com Palmeiras bicampeão: 26.502 por partida. O segundo da história é o atual: 24.554. Não terminou e pode subir. E o líder, possível campeão, é o Botafogo. Ou seja, não é necessariamente o melhor time quem carrega mais público.
A descoberta mais evidente é que os planos de sócios torcedores, aliados a mais conforto nos estádios, junto com metrô a um 1,2 km ou menos no Maracanã, Morumbis, Allianz Parque, Neo Química Arena, tudo isso trouxe mais gente para dentro dos estádios. E olha que pode melhorar, e vai, quando não houver cenas de barbárie, como na Arena MRV, no domingo passado, pela Copa do Brasil.
O Brasileirão 2024 terá a segunda maior média de público da história do país. Pode ter ainda mais gente do que nos últimos dois anos, dos recordes de público no país. Mas sempre importante lembrar que os estádios brasileiros precisam receber gente de todas as camadas sociais.
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