Desequilíbrio da seleção tem relação com enorme equilíbrio entre seleções
Há um meio termo entre não normalizar um empates com a Venezuela e compreender a evolução de cada outras seleções. Até a década de 1990, era inaceitável perder para o Equador. Acontece que o Equador já disputou quatro Copas do Mundo, venceu o Brasil duas vezes, cinco a Argentina, oito o Uruguai.
A Venezuela empatou cinco e venceu uma em 30 partidas contra o Brasil, ganhou duas e empatou quatro em 29 jogos contra a Argentina.
Os resultados recentes entre seleções mostram que o equilíbrio não é um problema exclusivo do Brasil. Nossa questão é o desequilíbrio atual, de uma equipe sem apoio logístico da CBF e em constante reformulação desde a Copa de 2022.
A França com Israel, 0x0. A Inglaterra que ganhou da Grécia ppr 3x0 perdeu para os gregos ppr 2x1, há dois meses. A Argentina também empatou com a Venezuela em Maturín. Os franceses empataram 0x0 com o Canadá. Nem se. Fala da Itália, eliminada nas duas últimas eliminatórias com o requinte de cair para a Macedônia do Norte.
Outrora imbatível, a Alemanha caiu na fase de grupos das duas últimas Copas perdendo para Coreia do Sul e eliminada pelo Japão.
O equilíbrio entre seleções vem da globalização. Hakimi, latetal semifinalista da Copa de 2022 por Marrocos, nasceu em Madri, cresceu na base do Real e jogou com Messi e Neymar no Paris Saint-Germain.
O primeiro gol da Venezuela contra o Brasil, em 1989, foi marcado pelo atacante Maldonado. Contratado pelo Fluminense, recebeu o singelo apelido de Mal Danado, dado pela torcida e imprensa.
Hoje, a Venezuela tem Ferraresi, do Sao Paulo, José Martinez, do Corinthians, Tomás Rincon, do Santos, Wilker Angel, do Criciúma, Savarino, líder do Brasileirão e titular absoluto do Botafogo.
Isso aumenta o equilíbrio.
E não é um problema, muito mais causado pelo desequilíbrio da falta de trabalho consistente com a seleção brasileira nos últimos três anos.
Deixe seu comentário