Leila faz confusão enquanto tenta justificar falta de regras eleitorais
A presidente Leila Pereira cometeu algumas imprecisões na entrevista concedida à colunista do UOL Alícia Klein, ao tentar explicar por que a oposição reclama do custo da montagem dos quiosques com conteúdo eleitoral dentro do clube social.
Savério Orlandi, candidato da oposição, lamenta ter sido informado de que poderia montar seu stand por R$ 50 mil apenas no dia seguinte à aprovação de sua candidatura pelo Conselho Deliberativo. A discussão não é apenas sobre o custo elevado, mas sobre as regras eleitorais não terem sido claras desde o início do processo.
Leila argumentou, sem citar nomes, que um candidato a vice-presidente, alguns anos atrás gastou 50 mil dólares para beijar uma modelo.
Não foi bem assim.
Num leilão beneficente realizado em 6 de abril de 2013, onze (e não alguns) anos atrás, o candidato a vice-presidente pela oposição, Luiz Pastore, arrematou uma garrafa de champanhe Moët & Chandon. No leilão, ao arrematar a bebida ganhava-se direito a um beijo da modelo britânica Kate Moss.
A modelo estava trabalhando. Colocava seu talento a serviço da AmfAR (American Foundation for AIDS Research). Na luta pela descoberta da cura da Aids, a Fundação Norte Americana pela Pesquisa contra a doença arrecadava fundos. Kate Moss, uma das mais prestigiosas modelos internacionais, colocou seu trabalho à disposição e dispôs-se a dar um beijo em quem fizesse donativos daquele valor.
Naquele dia, o dólar estava cotado a R$ 2,0029. A quantia doada equivalia a R$ 100 mil. Hoje seriam R$ 287 mil.
A atitude do candidato à vice-presidência não deixa de ser surpreendente. Pastore é, hoje, suplente da senadora Rose Freitas pelo MDB-ES.
Se Pastore era rico em 2013 e não tem dinheiro em 2024... ou se simplesmente não quer gastar R$ 50 mil para montar um quiosque na eleição do Palmeiras... Isto não tem nada a ver com a clareza das regras eleitorais.
O que parece óbvio é que os preços para montagem de stands, uso dos ginásio poliesportivo ou outras dependências do clube deveriam estar claras em todos os processos.
É disso que a oposição reclama. Que o Palmeiras tenha Democracia neste e em todos os próximos pleitos.
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