Brasil nervoso e ansioso segue devendo desempenho e resultado
A seleção brasileira está ansiosa e esta parece ser uma das razões para não estar bem. Por mais que pressione, troque passes com rapidez, até ameace os adversários, como fez contra o Uruguai. Mas as chances são criadas de forma desordenada, como uma equipe que tem muito a provar a si mesma, aos adversários e à sua torcida.
Porque tem mesmo.
Assim, o Brasil foi melhor do que o Uruguai no primeiro tempo, mas só finalizou uma vez no alvo no primeiro tempo. Ao todo, 14 chutes contra o gol de Rochet, o dobro do Uruguai, só três no alvo.
A seleção de Dorival Júnior evolui e está sempre devendo alguma coisa. A correção das falhas na defesa, da ausência de finalizações mais precisas e, principalmente, os resultados. Entra rodada, sai rodada, o Brasil nunca chega nem sequer à terceira colocação. Está em quinto.
Justo dizer que Marcelo Bielsa respeitou o Brasil. A partir da escalação do volante Ugarte, do Manchester United, como zagueiro, linha de cinco, para contrapor os cinco homens de ataque brasileiros: Savinho, Raphinha, Igor Jesus, Vinicius Júnior e Abner. Depois, quando o Brasil recuperou-se de gol de Valverde e Raphinha passou a atacar como lateral esquerdo. Bielsa trocou Pellistri por Puma Rodriguez, para ser o marcador do camisa 10 da seleção.
Não é o bastante. A seleção melhorou, mas há uma infinidade de erros. Espaços entre laterais e zagueiros, muitas vezes entre os dois beques, espaço demais para finalizações de fora da área, como no gol uruguaio, de Valverde, ou da Venezuela, de Segovia, na quinta-feira da semana passada.
Nas duas vezes, com Bruno Guimarães voltando atrasado para fazer a cobertura da frente da área. Como se fosse muito mais confortável para o volante do Newcastle ser o segundo, em vez de primeiro volante.