Salto de dívida do Flamengo é de 683% e estádio não é único culpado
O Flamengo comemorava, há seis meses, sua dívida líquida ter chegado a R$ 50 milhões.
Uma conquista gigantesca para quem teve a maior — ou segunda — dívida entre os clubes brasileiros antes de a Chapa Azul assumir o poder, em janeiro de 2013.
A soma dos anos Eduardo Bandeira de Mello com os de Rodolfo Landim ajudou a organizar as finanças e, depois, fazê-las crescer.
De abril deste ano para novembro, é possível dizer que o número saltou de R$ 48 milhões para R$ 380 milhões. Ou 683%.
Não se trata da irresponsabilidade da construção do estádio. Mas também da falta de planejamento estratégico para dar este salto e da conjuntura com compras caras, como a de Alcarez (R$ 110 milhões) e não concretização de vendas, como a de Wesley para a Udinese, que renderia R$ 120 milhões.
No debate de semana passada, o candidato da situação, Rodrigo Dunshee, disse que não foi a dívida que cresceeu. "São obrigações." Há uma discussão que pode ser contábil, mas parece quase contábil. O Flamengo terá caixa zerado no início de 2025. A estratégia anunciada é diminuição de gastos. É possível que se trasforme em contratação de empréstimos.
As eleições e a pressa para tomar decisões, como contratações e compra do terreno, merecem atenção para os próximos meses.
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