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Movimento legítimo de jogadores do Corinthians não é segunda Democracia

Embora legítima, a manifestação dos jogadores do Corinthians contra o impeachment do presidente Augusto Melo não pode ser considerada um segundo movimento Democracia Corinthiana, como argumentou o atual mandatário.

Isto fica claro na entrevista do zagueiro Gustavo Henrique, na defesa da manutenção da situação: "Nós apoiamos o nosso presidente, sim, porque hoje ele é o nosso presidente, porque tem mantido os salários em dia, está tudo em dia, e melhorado a nossa estrutura".

Ora, Castor de Andrade também fazia isso no Bangu e não deixava de ser contraventor.

A manifestação dos jogadores por razões particulares destoa completamente do que foi o movimento Democracia Corinthiana, quando havia votações pelas questões importantes e alguns dos atletas, como Sócrates, Casagrande e Wladimir, manifestavam-se sobre questões sociais do país, como a campanha das Diretas Já.

Há, sim, dúvidas sobre as razões para o impedimento de Augusto Melo, enquanto não houver provas contundentes de corrupção, embora existam indícios, como o envolvimento de laranja no contrato de patrocínio da Vai de Bet, no primeiro semestre. O impeachment é um movimento político.

É por isso que haverá a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. Para que os conselhos sejam convidados a entender o problema e votar pelo impedimento, ou não. Evidentemente, haverá comprometimento do planejamento para 2025.

Se há prova de corrupção, tem de cair, independentemente de haver salário em dia e melhora da estrutura.

Isto, sim, é parte do processo democrático.

Se não há prova de corrupção, o impeachment será político e pode atrapalhar 2025.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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