Emboscada da Mancha faz um mês com seis foragidos e vergonha da polícia
O inquérito policial contra os criminosos travestidos de torcedoers que atacaram o ônibus da Máfia Azul, no retorno de Curitiba no dia 27 de outubro, já mudou de mãos. Saiu da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte e foi levado ao DHPP, Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
Não adiantou nada. Há ainda seis criminosos foragidos, entre eles o presidente da Mancha Alvi-Verde, Jorge Luiz Sampaio Santos. As informações extra-oficiais dão conta de que há negociação entre os advogados para a entrega dos assassinos.
Enquanto isso, a primcipal torcida uniformizada do Palmeiras finge que não aconteceu nada e tenta mudar de assunto, sem gritar nomes dos jogadores antes das partidas, como é praxe, xingando treinador de burro, embora ainda exista possibilidade de conquitar o tricampeonato, faltando duas rodadas para o final da temporada.
São dois pontos diferentes. Se o desempenho do Palmeiras terminar assim, sem título nacional ou internacional, como em quinze dos 23 anos deste século, investigue-se o que deu errado. Não é crime passar um ano inteiro sem títulos, como demonstram todos os anos palmeirenses entre 2001 e 2011, além de 2013, 2014, 2017 e 2019.
Crime, sim, é cometer homicídio doloso, por assumir o risco de matar, ao atacar um ônibus e incendiá-lo.
Também é crime, eleitoral neste caso, informar no dia da eleição que uma facção criminosa, que tem nome, mas não tem CNPJ, indicou voto a um candidato de oposição à vontade do governador. Dizer isto sem provas, como fez Tarcísio de Freitas, enquanto sua polícia não teve serviço de inteligência para interceptar mensagens de redes sociais e impedir o ataque covarde numa rodovia federal.
A tragédia poderia ter sido ainda maior, porque havia carros e caminhões se deslocando pelo interior de São Paulo, em direção a Minas Gerais.
Faz 30 dias do crime bárbaro e nenhuma solução para o caso. A violência de torcidas teria outra história se o assassinato de outro presicdente da Mancha, Cléo Sóstenes, tivesse sido solucionado em 1988. Em vez disso, na época a Máfia foi ao Parque Antarctica gritar que "O Cléo morreu e a Mancha se f..."
Não ter resolvido o crime de 36 anos atrás não é desculpa para passar um mês sem sinal de solução para a barbárie de 27 de outubro.
Há décadas, a Polícia Militar e Polícia Civil de São Paulo lamentam prender e a Justiça soltar. Neste caso, a Polícia é que está fracassando.
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