Botafogo dá lição de futebol e paixão e se confirma o time do ano
Um gol de Luiz Henrique e um pênalti aofrido pelo camisa 7, o melhor em campo. Sete, assim como foi Garrincha ou Túlio, artilheiro do gol do título brasileiro de 1995. Também sete minutos de acréscimos, em que nasceu o gol de Júnior Santos, o do título e do artilheiro da Libertadores, com dez gols. Dois gols do camisa 7, um no sétimo minuto de acréscimos.
Isso é muito Botafogo e o o Botafogo mereceu e muito!
A expulsão de Gregore com falta violenta aos 29 segundos tinha tudo para decidir o jogo a favor do Atlético.
Mas a final da Libertadores foi muito mais surpreendente do que isso e confirmou o Botafogo como o time mais impressionante do continente neste ano. Depois de vinte minutos de finalizações atleticanas no alvo, mas apenas de fora da área, uma de Deyverson para fora,
Então, o Botafogo começou a implantar seu jogo, mesmo com um homem a menos. Luiz Henrique saiu da função de secretário de lateral que marcava Arana para criar jogadas, Savarino atuava no sacrifício como segundo volante e passou a contra-atacar e, aos 34 minutos, o camisa 7 começou a se tornar herói alvinegro com o gol que abriu o marcador.
Aproveitou-se do sono de Scarpa e do bate e rebate na perna de Júnior Alonso para fazer 1 x 0. Pouco depois, aos 42 minutos, Éverson saiu de maneira imprudente e derrubou Luiz Henrique. Pênalti convertido por Alex Telles.
Gabriel Milito saiu de sua passividade do primeiro tempo para tentar três alterações. Bernard como segundo homem de meio-de-campo, Mariano no lugar de Lyanco, com cartão amarelo, Vargas no lugar de Scarpa, com Hulk passando a ocupar a ponta direita, como nas quartas de final contra o Fluminense.
Funcionou a Vargas diminuiu para 2 x 1 na primeira jogada do segundo tempo, um escanteio cobrado por Hulk, cabeceio do atacante chileno. A partir daí, prevaleceu a posse de bola atleticana, 80%, mas com pouco repertório e muitos cruzamentos. Foram 33 do Atlético contra 3 do Botafogo, acusado de abuso nesse tipo de jogada até semana passada.
Houve um gol incrível perdido por Vargas aos 40 da segunda etapa e um desarme de Marlon Freitas atingindo a perna de Deyverson, que poderia ter resultado em pênalti marcado por Facundo Tello. O Botafogo resistiu.
Mais do que isso, deu uma lição de futebol, de garra e de paixão de sua torcida, em maior número e mais vibração nas arquibancadas do Monumental de Nuñez.
O Botafogo incendia a América do Sul e se confirma como time do ano no Brasil e no continente.
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