Dudu tem rescisão próxima e encerrará uma era de vitórias no Palmeiras

Dudu, o novo Dudu, o que se despediu rezando com a família, sentado no gramado do Allianz Parque, conquistou 13 troféus entre 2015 e 2024. Não estava nas finais da Libertadores de 2020, mas começou a temporada e jogou a fase de grupos como titular. Não estava no Paulista de 2024 por lesão, mas estava no ambiente, no vestiário, recuperando-se da lesão mais grave de sua carreira. Dos 14 títulos do Palmeiras desde 2015, só não estava mesmo na Copa do Brasil de 2020.

A conta mais justa é que Dudu esteve em 14 títulos. Ademir, 11.

Ademir da Guia tem seu corpo pintado no muro de entrada do Parque Antarctica, no clube social, saindo de um treino em 1963. Ganhou os Paulistas de 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976, o Brasileiro de 1967 duas vezes, 1969, 1972 e 1973 (com a unificação), o Rio-São Paulo de 1965. A lista poderia incluir o Troféu Laudo Natel, mas era torneio amistoso.

Dudu chegou ao Palmeiras contratado por Alexandre Mattos, elevou a autoestima palmeirense, fez os dois gols do título da Copa do Brasil de 2015. O jogo só foi para o pênalti cobrado por Fernando Prass porque Dudu resolveu em 90 minutos.

Quando estreou no Allianz Parque, a camisa ainda não tinha a marca Crefisa. Os dez anos recentes são a Era Dudu.

Está acabando.

Depois do jogo contra o Fluminense, o ídolo sentou-se com sua família no gramado do Allianz e rezou, agradecendo ao período vivido na casa palmeirense. A rescisão está próxima, será pedida pelo próprio jogador, que deve ter o Cruzeiro como destino. Na Toca da Raposa, ninguém confirma.

Dudu saiu de São Paulo e já viajou para passar suas férias. Pode sair do Palmeiras. Não vai sair da história do clube.

Foi Dudu quem pediu a rescisão de contrato. O Palmeiras aceita e economiza em torno de R$ 25 milhões.