Jogo da memória. Sabe quantas vezes o time da sua vida jogou junto?
A saída de David Luiz do Flamengo termina quase completamente com uma formação da história do Flamengo. Não daquelas memoráveis, que todo mundo repete de cor e salteado: Santos, Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta; Gabriel e Pedro.
Esta formação disputou doze partidas junto, ganhou oito, empatou três e perdeu uma.
Incrivelmente, esta equipe, a da final da Libertadores de 2022, atuou mais vezes em conjunto, os onze completos, do que a formação de Jorge Jesus, em 2019: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; William Arão, Gérson, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta; Gabriel e Bruno Henrique jogaram juntos oito vezes, ganharam seis, empataram uma e perderam do Liverpool.
Temos, a maioria dos apaixonados por futebol, o hábito de repetir que sabíamos times de goleiro a ponta-esquerda, porque atuaram juntos por dez anos. Mentira! É porque você tinha dez anos e nenhuma preocupação, além de estudar para as provas e ver seu time jogar — quando se é apaixonado.
O Santos de Pelé: Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Dez jogos juntos, nove vitórias e uma derrota.
O Palmeiras da Segunda Academia: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei. Dezesseis jogos juntos, oito vitórias e oito empates. Nunca perderam!
O Flamengo campeão mundial de 1981: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Quatro vezes juntos, três vitórias e uma derrota.
O Vasco de Edmundo, campeão brasileiro de 1997: Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Nasa, Luisinho, Ramón e Juninho Pernambucano; Edmundo e Evair. Duas vezes, dois empates.
O São Paulo, de Telê, campeão mundial de 1992, é uma exceção. Jogou sete vezes junto, ganhou todas as sete. Mas só sete: Zetti, Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo, Raí e Palhinha; Cafu e Muller.
Não se deixe pensar que sua memória é ruim ou que o futebol te traiu. Que você não sabe mais formações clássicas, porque o futebol está diferente. Está. E você, não mudou? A gente sabe de memória os times que nos encantaram.
A formação do seu coração pode estar aí em cima.
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