Jogo da memória 2. Da Democracia Corinthiana ao Botafogo de Textor
Muita gente gostou do jogo da memória publicado neste espaço na véspera de Natal, semana passada. Mas o texto não tratava de Corinthians, Botafogo, Fluminense, Atlético, Grêmio, Cruzeiro e Internacional. Cada uma destas torcidas tem sua equipe inesquecível ou o maior time da história de cada um destes gigantes.
Por exemplo, encontrei-me com o goleiro Solito, da Democracia Corinthiana, nas ruas do bairro paulistano da Água Branca. Disse a ele que a formação campeã paulista de 1982 é, empatada com os campeões brasileiros de 2017, a equipe que mais jogou junta em 114 anos de vida do Corinthians. Pesquisa de Celso Unzelte, do Almanaque do Timão: 13 vezes repetidos.
É pouco, não é?
Pense, então, que o Botafogo campeão brasileiro e da Libertadores, formação clássica, disputou só seis jogos em conjunto. Ganhou três e empatou três. Athletico Paranaense 0 x 1 Botafogo, Botafogo 0 x 0 São Paulo, São Paulo 1 x 1 Botafogo, Botafogo 5 x 0 Peñarol, Botafogo 0 x 0 Cuiabá, Botafogo 3 x 1 Palmeiras. Foi assim com John, Vitinho, Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles; Luiz Henrique, Gregore, Marlon Freitas e Almada; Savarino e Igor Jesus.
O time inesquecível de Garrincha, 1962, e o de Jairzinho, 1968, jogaram menos. Com Manga, Joel, Zé Maria, Nílton Santos e Rildo; Aírton e Didi; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagalo, e o técnico Marinho Rodrigues, só quatro partidas 1 x 0 no Bonsucesso, 0 x 1 Vasco, 4 x 0 no Madureira, 2 x 0 Canto do Rio. A equipe de 1968, Cao, Moreira, Zé Carlos, Leêonidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar, dirigidos por Zagallo, seis partidas, quatro vitórias e dois empates: 1 x 1 Vasco, 0 x 0 Flamengo, 3 x 1 Fluminense, 2 x 1 Bangu, 1 x 0 Flamengo e 4 x 0 Vasco.
A Máquina Tricolor, de 1975, jogou mais: 13 vezes. Igual ao Corinthians da Democracia, só que venceu mais (9), empatou menos (3) e perdeu também menos (1), contra o Americano, em Campos: Renato, Carlos Alberto, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo Cezar e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu, treinador por Mário Travaglini, o mesmo da Democracia, seis anos mais tarde.
E o Cruzeiro, de Tostão, que acabou com a hegemonia do Santos, de Pelé: 10 partidas em conjunto, 8 vencidas, 2 derrotas: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Tostão, Evaldo e Hilton Oliveira, dirigidos por Aírton Moreira.
Entre a reestreia de Procópio, 1 x 0 no Fluminense, gol de Evaldo aos 50 segundos de jogos, Mineirão 1966, até a lesão de Procópio, provocada por um choque com Pelé, em 1968.
Abaixo, o resumo destas formações clássicas, as publicadas semana passada na parte de baixo:
CORINTHIANS DA DEMOCRACIA (1982/1983) - Solito, Alfinete, Mauro, Daniel González e Wladimir; Paulinho, Sócrates e Zenon; Ataliba, Casagrande e Biro-Biro. Técnico: Mário Travaglini (13 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 4 derrotas)
* É O TIME QUE MAIS JOGOU JUNTO NA HISTÓRIA DO CORINTHIANS JUNTO COM...
CORINTHIANS DE FÁBIO CARILLE (2017) - Cássio, Fágner, Balbuena, Pablo e Arana; Gabriel e Maycon; Jádson, Rodriguinho e Romero; Jô. Técnico: Fábio Carille (13 jogos, 7 vitórias, 5 empates e 1 derrota)
BOTAFOGO 2024 - John, Vitinho, Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles; Luiz Henrique, Gregore, Marlon Freitas e Almada; Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge (6 Jogos, 3 vitórias e 3 empates)
CRUZEIRO DE TOSTÃO E DIRCEU LOPES (1966/1967) - Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Tostão, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Aírton Moreira (10 jogos, 8 vitórias, 0 empate, 2 derrotas)
GRÊMIO DE FELIPÃO (LIBERTADORES 1995) - Danrlei, Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Luís Carlos Goiano, Carlos Miguel e Arílson; Paulo Nunes e Jardel. Técnico: Luiz Felipe (5 jogos, 3 vitórias e 2 empates)
GRÊMIO DE RENATO (MUNDIAL 1983) - Mazarópi, Paulo Roberto, Baidek, De León e Paulo César Magalhães; China, Osvaldo e Paulo Cezar Lima; Renato, Tarciso e Mário Sérgio. Técnico: Valdir Espinosa (1 jogo, 1 vitória na prorrogação, 2 x 1 no Hamburgo).
GRÊMIO DE RENATO (LIBERTADORES 1983) - Mazarópi, Paulo Roberto, Baidek, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio e Tarciso. Técnico: Valdir Espnosa (3 jogos, 2 vitórias, 1 empate, 0 derrota - 2 x 1 América de Cáli, 1 x 1 Peñarol, 2 x 1 Peñarol)
FLUMINENSE, A MÁQUINA (1975/1976) - Renato, Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo Cezar Lima e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu. Técnico: Mário Travaglini (13 jogos, 9 vitórias, 3 empates, 1 derrota)
BOTAFOGO DE TÚLIO (1995) - Wágner, Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e André Silva; Leandro Ávila, Jamir, Beto e Sérgio Manoel; Donizete e Túlio. Técnico: Paulo Autuori (7 jogos, 5 vitórias, 2 empates, 0 derrota)
BOTAFOGO DE GARRINCHA (1962) - Manga, Joel, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Édson e Didi; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues (4 jogos, 3 vitórias, 0 empate, 1 derrota)
BOTAFOGO DE ZAGALO (1968) - Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar. Técnico: Zagalo (6 jogos, 3 vitórias, 3 empates)
ATLÉTICO DA LIBERTADORES (2013) - Victor, Michel, Leonardo Silva, Réver e Júnior César; Pierre e Josué; Bernardo, Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli; Jô. Técnico: Cuca (1 jogo, 2 x 0 no Olimpia)
INTERNACIONAL DE FALCÃO (1975) - Manga, Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Caçapava, Falcão e Paulo César Carpegiani; Valdomiro, Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli (2 jogos, 2 vitórias, 0 empate, 0 derrota- 1 x 0 Fluminense, 1 x 0 Cruzeiro)
SANTOS DE PELÉ (1962/1966) - Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula (10 jogos, 9 vitórias e uma derrota)
FLAMENGO DE ZICO - Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Técnico: Paulo César Carpegiani (4 jogos, 3 vitórias e 1 derrota)
PALMEIRAS SEGUNDA ACADEMIA (1972/1974): Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei (16 jogos, 8 vitórias e 8 empates).
SÃO PAULO DE TELÊ (1992): Zetti, Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo, Raí e Palhinha; Cafu e Muller. Técnico: Telê Santana (7 jogos, 7 vitórias)
VASCO DE EDMUNDO (1997): Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Nasa, Luisinho, Ramón e Juninho Pernambucano; Edmundo e Evair. Técnico: Antônio Lopes (2 jogos, 2 empates)
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